Médicos do Hospital de Gaia querem suplementos no salário
Profissionais deixam de se voluntariar para fazer trabalho extraordinário.
Médicos do Centro Hospitalar de Gaia/Espinho deixam a partir desta segunda-feira de se voluntariar para fazer trabalho extraordinário além do que é exigido legalmente (200 horas anuais) para reivindicar a integração de suplementos remuneratórios no vencimento mensal.
Em declarações à Lusa, o médico Fernando Viveiros, um dos mais de 80 signatários do pedido de integração dos prémios de produtividade/assiduidade na remuneração base, explicou que os profissionais apenas pretendem que se faça no hospital de Gaia o que já foi feito no Centro Hospitalar do Porto e no Centro Hospitalar de S. João.
"São suplementos que temos, é um prémio que é contemplado no nosso contrato, que representa cerca de um quinto do nosso vencimento base e que é integrado nesse mesmo vencimento mensal. Esses contratos foram elaborados à semelhança com médicos em situações idênticas nos outros dois grandes hospitais da região Porto", disse.
De acordo com o clínico, "quando saíram notícias de que esses prémios poderiam ser perdidos no próximo ano, os outros centros hospitalares resolveram voluntariamente fazer a integração desse suplemento remuneratório no vencimento, porque consideraram que, ao abrigo da lei, já faziam parte do vencimento. Sendo assim, não contraria o Orçamento do Estado que não permite o incremento remuneratório".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt