Mesquita Machado julgado por abuso de poder
Expropriação de três edifícios lesava munícipio em 2,3 milhões.
Mesquita Machado, antigo presidente da Câmara de Braga, começa hoje a ser julgado no tribunal da cidade, no âmbito do caso das ‘Convertidas’. É acusado de participação económica em negócio e abuso de poder.
No banco dos réus sentam-se ainda reputados socialistas: os deputados da Assembleia da República Hugo Pires e Palmira Maciel, além de Vítor Sousa - antigo número dois de Mesquita Machado e que vai ainda ser julgado por corrupção no caso ‘TUB’ -, Ilda Carneiro e Ana Paula Pereira, todos vereadores que aprovaram a polémica venda dos três edifícios das Convertidas em reunião de câmara, num negócio que lesaria o município em 2,3 milhões de euros e serviria para ajudar a filha de Mesquita Machado e o genro a saldarem uma dívida ao banco.
"O arguido agiu de forma livre, deliberada e consciente com o propósito de obter uma vantagem económica para a sua filha e genro, ciente de que estava a lesar os interesses" do município, lê-se na acusação.
Os restantes vereadores "admitiram como possível que a sua decisão estivesse a beneficiar o genro e a filha do presidente", sublinha o Ministério Público.
Ex-autarca deve falar hoje ao juiz em tribunal
PORMENORES
Testemunhas
Entre as 22 testemunhas arroladas para o julgamento encontram-se a filha e o genro de Mesquita Machado, que iriam beneficiar do negócio.
PJ de Braga investigou
O complexo e minucioso processo do caso das ‘Convertidas’ foi investigado pela Polícia Judiciária de Braga, que realizou centenas de diligências e perícias financeiras.
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