Ministério Público deixa cair acusação no caso colégios GPS
Crime de abuso de confiança contra cinco dos sete arguidos não lhes deverá ser imputado.
O Ministério Público (MP) deixou cair a acusação de abuso de confiança contra cinco dos sete arguidos do caso Colégios GPS, no debate instrutório que decorreu esta segunda-feira, em Lisboa.
Além deste crime, os administradores do grupo estão ainda acusados de corrupção ativa, peculato, falsificação de documento e burla qualificada.
Os outros dois arguidos são ex-decisores públicos: José Manuel Canavarro, ex-secretário de Estado adjunto e da Administração Educativa, e José Maria de Almeida, antigo diretor regional de Educação de Lisboa.
"Esta acusação baseia-se na especulação. Não há provas diretas", criticou Rogério Alves, advogado de José Manuel Canavarro.
Os ex-responsáveis da Educação estão acusados de corrupção passiva. Segundo o MP, terão favorecido o grupo GPS ao vincular o Estado a celebrar contratos de associação com esta sociedade, dona de vários colégios privados no Centro do País.
De acordo com o MP, o dinheiro proveniente dos contratos de associação terá financiado férias, carros, jantares, bilhetes para jogos de futebol, vinhos e até seguros pessoais.
A decisão instrutória é conhecida na sexta-feira no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa.
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