Moradores de Lisboa indignados com lixo acumulado nas ruas
Câmara avisa que juntas são responsáveis por recolha nos ecopontos.
O lixo acumulado junto a ecopontos da cidade de Lisboa tornou-se nos últimos dias um dos temas predominantes nas redes sociais. Nas Avenidas Novas, no Lumiar, Penha de França ou Benfica, são vários os locais da capital onde a recolha de resíduos não parece dar resposta à quantidade depositada. É também frequente ser depositado entulho e resíduos de maior dimensão junto a ecopontos, agravando o problema.
Os moradores não escondem a sua indignação perante uma situação que põe em risco a saúde pública. “É uma situação recorrente o lixo estar acumulado desta forma, com entulho, portas, sanitas. Quando às vezes passo aqui com a cadela, há também muitas ratazanas. Devem ter posto algum medicamento, porque agora há menos”, disse ao CM António Lopes, que mora junto da Avenida Mouzinho de Albuquerque, na Penha de França.
A Câmara de Lisboa lembra que a recolha nos ecopontos “é uma competência das juntas de freguesia” e nota que entre janeiro e agosto foram recolhidas 211 mil toneladas, “mais 3,8%” do que no mesmo período de 2023.
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Na freguesia do Lumiar, são também vários os ecopontos com lixo acumulado. O presidente da junta, Ricardo Mexia, diz que “não é suposto as pessoas colocarem os resíduos fora do ecoponto”, mas também admite que “gostava de ter mais meios”.
“O desenho de alguns ecopontos dificulta a introdução, por vezes um saco mais volumoso é posto cá fora e depois já ninguém se dá ao trabalho de levantar a tampa e fica tudo atulhado à volta”, disse, lembrando que “as pessoas devem ligar para o número da câmara para recolha de monos antes de os porem na rua”.
“Quando os ecopontos estão cheios sinalizamos junto da câmara que resolve com celeridade”, disse. Ricardo Mexia deixa um apelo: “Depositem o lixo no ecoponto apenas se o conseguirem pôr no interior. Se houver lixo à volta avisem a junta ou a câmara.”
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