Mãe morre após parto demorado e complicado no hospital

Família acusa o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real, de negligência e quer justiça.

12 de setembro de 2020 às 01:30
Cármen Fonseca Foto: Direitos Reservados
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Cármen Fonseca, de 39 anos, morreu na noite de quinta-feira, depois de um parto demorado e complicado, no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real. A família não se conforma e acusa os profissionais de negligência.

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Segundo Fernando Roças, pai do menino e companheiro da vítima, que era assistente numa clínica dentária de Macedo de Cavaleiros, Cármen foi a uma consulta na quarta-feira. Disseram-nos que estava tudo bem e que já apresentava indícios de alguma dilatação.

Na tarde do mesmo dia, a Cármen deu entrada no mesmo hospital, já com muitas contrações. O bebé nasceu às 09h01 do dia seguinte, depois de uma cesariana de urgência. Cármen, que teve uma gravidez de risco, morreu à noite. O bebé, com 3,200 quilos, está estável e saiu esta sexta-feira da incubadora.

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"Queremos que seja feita justiça, para que não haja mais mortes. Têm de ser castigados", afirma, revoltada, Tânia Fonseca, irmã da vítima. Luísa Martins, outra irmã, considera a situação monstruosa e acrescenta que Cármen nunca devia ter sido sujeita a um parto normal, quanto mais ter estado tantas horas até a submeterem à cesariana.

A administração do hospital refere que todo o processo assistencial decorreu seguindo as boas práticas clínicas estabelecidas para este tipo de intervenção. Contudo, decidiu instaurar um processo de averiguação, por uma questão de rigor e transparência.

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