Movimento estudantil defende programas de acolhimento de alunos e docentes palestinianos
Proposta foi aprovada no Encontro Nacional de Direções Associativas que decorreu no sábado e no domingo em Lisboa.
O movimento associativo estudantil do ensino superior propõe a criação de programas específicos de acolhimento e integração de estudantes, investigadores e professores palestinianos, condenando o caso do jovem sem visto para estudar em Portugal.
A proposta, esta terça-feira, divulgada numa nota de imprensa, foi aprovada no Encontro Nacional de Direções Associativas que decorreu no sábado e no domingo em Lisboa.
A ordem de trabalhos do encontro começou com um voto de protesto contra a situação que envolve o palestiniano Tarek Al-Farra, 23 anos, inscrito num mestrado na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, mas que não consegue obter visto para estudar em Portugal devido à guerra em Gaza.
No encontro, as direções estudantis defenderam a revisão urgente do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, propondo "a remodelação do modelo de eleição" do reitor e o estatuto do estudante universitário.
O movimento associativo reclamou o "aumento da participação estudantil em programas de mobilidade" internacional e "incentivos à mobilidade" de professores para "solucionar a problemática da endogamia académica", tais como "a majoração mínima de 10% na avaliação curricular de docentes que tenham incorrido em programas de mobilidade".
A lista de propostas aprovadas inclui o pagamento de um subsídio de refeição por cada dia de estágio curricular ou extracurricular, cuja carga horária seja de pelo menos cinco horas diárias, e a criação de apoios para o ensino artístico destinados à formação de alunos e à remodelação de espaços.
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