Mulheres na casa dos 70 anos que dão 4 000 passos por dia reduzem o risco de morte
Risco de desenvolver doenças cardiovasculares estabilizou nas mulheres que atingiram os limites mais elevados de passos.
As mulheres na casa dos 70 anos que dão 4.000 passos por dia, pelo menos uma vez por semana, reduzem o risco de morte e de desenvolver doenças cardiovasculares, revelou um estudo noticiado pela EFE na quinta-feira.
"As mulheres que atingiram os 4.000 passos um ou dois dias por semana apresentaram um risco 26% menor de mortalidade e um risco 27% menor de doença cardiovascular em comparação com aquelas que não deram 4.000 passos em nenhum dia", refere a EFE, com base no estudo norte-americano em que participaram 13.547 mulheres com média de idades de 71 anos.
Outros resultados mostraram que as participantes que deram pelo menos 4.000 passos, três vezes por semana, apresentaram uma redução de 40% do risco de morte, segundo o estudo conduzido por investigadores do sistema de saúde sem fins lucrativos Mass General Brigham, em Boston, nos Estados Unidos.
A investigação demonstrou ainda que o risco de desenvolver doenças cardiovasculares estabilizou nas mulheres que atingiram os limites mais elevados de passos.
Os 4.000 passos beneficiam a saúde cardiovascular das mulheres e não o número de dias que caminham, segundo os dados do estudo publicados no jornal de medicina e desporto The British Journal of Sports Medicine.
Os investigadores compararam o número de passos que as mulheres davam por semana com as taxas de mortalidade e de doença cardiovascular.
O objetivo do estudo era perceber quantos passos são necessários para obter benefícios mensuráveis.
"Se conseguirmos promover a prática de pelo menos 4.000 passos por semana nas mulheres mais velhas, poderemos reduzir a mortalidade e o risco de doença cardiovascular em todo o país", disse o autor principal do estudo, Rikuta Hamaya.
As mulheres usaram rastreadores, um dispositivo que permitiu monitorizar a atividade física das participantes, durante uma semana, entre 2011 e 2015.
No início da pesquisa as mulheres estavam todas saudáveis, mas no final de 2024, após onze anos, 1.765 mulheres (13%) morreram e 781 (5%) desenvolveram doenças cardiovasculares.
Os autores da investigação alertaram que é impossível tirar conclusões definitivas sobre a pesquisa, sublinhando que não tinham dados sobre a alimentação das mulheres.
O estudo concluiu que dar 4.000 ou mais passos por dia está associado a uma menor mortalidade e que não existe um padrão "melhor" ou "mais apropriado" para a prática, pelo menos entre as mulheres mais velhas.
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