"Nada é por acaso": Marcelo Rebelo de Sousa sobre visita de JD Vance ao Papa um dia antes da morte
Presidente da República assinou, esta terça-feira, o livro de condolências do Papa Francisco.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta terça-feira "que nada é por acaso" no que diz respeito à visita de JD Vance, vice-presidente dos Estados Unidos, ao Papa Francisco, um dia antes da sua morte.
Marcelo que assinou o livro de condolências do Santo Padre na Nunciatura Apostólica, em Lisboa, anunciou que vai assinar decreto de luto nacional, ainda hoje, e que o mesmo terá lugar entre 24 a 26 de abril.
Marcelo garante que a sessão do 25 de abril, na Assembleia da República, vai manter-se e que vai ter início com um voto de pesar pela morte do Papa Francisco. “Partirei logo a seguir, ao começo da tarde”, disse o Presidente.
Além de Marcelo Rebelo de Sousa, José Pedro Aguiar-Branco e Luís Montenegro, a delegação portuguesa incluirá ainda o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.
"Partirei logo a seguir, ao começo da tarde. Em princípio, se tudo correr como previsto, irá o presidente da Assembleia da República, o primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros", acrescentou.
Há 20 anos, no funeral do Papa João Paulo II estiveram o Presidente da República, Jorge Sampaio, e o ministro dos Negócios Estrangeiros da altura, Diogo Freitas do Amaral, em representação do Governo.
A delegação portuguesa incluiu também o antigo Presidente da República Ramalho Eanes, a convite de Jorge Sampaio, e o presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros, José Luís Arnaut, em representação da Assembleia da República.
O Papa Francisco morreu na segunda-feira, aos 88 anos, após 12 anos de pontificado.
Durante os mandatos de Marcelo Rebelo de Sousa, o Papa Francisco esteve duas vezes em Portugal: numa visita apostólica por ocasião do centenário de Fátima, em maio de 2017 -- que o Presidente da República, católico, acompanhou também "como peregrino" -- e na Jornada Mundial de Juventude, em agosto de 2023.
O atual chefe de Estado foi três vezes ao Vaticano, que escolheu como primeiro destino de visita no estrangeiro no início de cada mandato, em março de 2016 e de 2021, e onde regressou em janeiro de 2023, para o funeral do papa emérito Bento XVI.
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