"Não damos voto a quem nos rouba", dizem professores em protesto

Docentes protestam em Lisboa e deixam aviso para as eleições.

25 de janeiro de 2019 às 08:30
Sindicatos estimam que tenham comparecido dois mil professores nos protestos em Lisboa Foto: Bruno Colaço
"Não damos voto a quem nos rouba", dizem professores em protesto Foto: Bruno Colaço
"Não damos voto a quem nos rouba", dizem professores em protesto Foto: Bruno Colaço

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Se os professores forem roubados no tempo de serviço, não vamos dar o voto a quem nos rouba." Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, deixou esta quinta-feira o aviso para as eleições legislativas deste ano, ao discursar durante o protesto que juntou centenas de docentes nas ruas de Lisboa.

Antes, em declarações aos jornalistas, o dirigente sindical deixara outro aviso: "Os professores nunca vão desistir. O Governo tem de meter isto na cabeça. Não sei se o doutor António Costa acha que lhe dá votos ter uma guerra contra os professores, mas é uma questão de justiça, de lei e de equidade face aos docentes da Madeira e dos Açores."

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Segundo os sindicatos, foram cerca de 2 mil os professores que se concentraram junto ao Ministério da Educação e marcharam depois até à Presidência do Conselho de Ministros para exigir o início imediato das negociações pela recuperação dos 9 anos, 4 meses e 2 dias do tempo de serviço congelado durante a crise. "Não desisto desta luta, é um direito que nos assiste", disse ao CM Maria Reis, docente em Vila Nova de Gaia.

João Dias da Silva, secretário- -geral da Federação Nacional de Educação, também sublinhou que desistir está fora de questão e que está "na mão do Governo" ter um ano letivo tranquilo. "Não pode empurrar a solução deste problema para o Governo seguinte", afirmou.

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Os sindicatos reiteraram que ainda neste segundo período haverá uma manifestação. "Da próxima não seremos dois mil mas dezenas de milhares", disse Nogueira.

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