Nobel do VIH-sida diz que coronavírus saiu involuntariamente do Instituto de Virologia em Wuhan

Virologista francês foi contestado.

20 de abril de 2020 às 01:30
Virologista francês Luc Montagnier Foto: Direitos Reservados
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Aos 87 anos, o virologista francês Luc Montagnier, que em 1983 descobriu o vírus VIH, responsável pela sida, e, em 2008, recebeu o Nobel da Medicina, tornou-se o ‘bombista’ da Covid-19. Montagnier afirma que a origem da atual pandemia está num coronavírus, trazido involuntariamente para o exterior do Instituto de Virologia, de Wuhan, na China.

Ele suspeita de um troço do genoma com presença de VIH, o que suporia a preparação de uma nova vacina contra a sida. As explosivas afirmações de Luc Montagnier foram contestadas em toda a linha.

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À parte posições políticas do tipo das de Trump que apostam num bode expiatório que os livre do labéu da incompetência, a comunidade científica considera que o Instituto de Wuhan que fez a primeira sequenciação do genoma de um vírus até então desconhecido, a 2 de janeiro e a enviou à OMS a 11 de janeiro, cumpriu os protocolos de laboratório de segurança P4. O máximo é P5.

Acrescente-se que aquele laboratório nasceu da cooperação franco-chinesa e está envolvido em projetos com americanos, como Peter Daszak, presidente da EcoHealth Aliance. A rejeição de um ato propositado ou inadvertido não quer dizer que haja certeza sobre quem foi o primeiro infetado com SARS-CoV-2.

AVANÇOS NA INVESTIGAÇÃO

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Namoro com vírus

Uma das hipóteses de saída inadvertida do vírus do Instituto de Wuhan: uma assistente que depois o transmitiu ao namorado que o propagou no mercado dos animais. Apenas 30% dos primeiros contagiados estiveram no mercado.

500 mil testes

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O ministro francês da Saúde, Olivier Véran, anunciou um ‘tsunami’ de testes. Até ao fim do confinamento, a 11 de maio, serão feitos 25 mil testes diários no total de meio milhão. A seguir, o ritmo passa a 500 mil testes por semana, para sintomáticos.

Francisco Antunes

O infeciologista Francisco Antunes que à CMTV referiu a existência de "116 vacinas contra a Covid-19, sete das quais em fase clínica", destacou a importância de "uma eficácia de 70%" e serem "protetoras para crianças, grávidas e idosos".

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Máscaras para voar

O Ministério dos Transportes do Canadá determinou que a partir de hoje todos os passageiros com partida ou destino de aeroportos canadianos são obrigados ao uso de máscara. O incumprimento implica a proibição de fazer a viagem.

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