Número de passageiros aumenta em todos os modos de transporte no 2.º trimestre

O número de passageiros aumentou no segundo trimestre do ano em todos os modos de transporte, com o comboio a registar o crescimento homólogo mais significativo, anunciou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os aeroportos nacionais movimentaram 20,5 milhões de passageiros no segundo trimestre, mais 6,6% que no mesmo período de 2024, contra 2,4% no primeiro trimestre deste ano.

O INE adianta que no mesmo trimestre viajaram por comboio 59,2 milhões de passageiros, mais 7,5% que no mesmo período de 2024, contra 10,2% no primeiro trimestre deste ano, e por metropolitano 73,9 milhões, mais 0,8% que no mesmo período de 2024, contra 4,1% no primeiro trimestre de 2025.

O transporte de passageiros por via fluvial também aumentou, para 6,2 milhões de passageiros, mais 0,3% que no trimestre homólogo de 2024, contra 1,4% no primeiro trimestre.

Relativamente ao transporte de mercadorias registaram-se diminuições por via rodoviária (-6,9%, contra -3,9% no primeiro 2025, e por via marítima (-6,8%, contra -3,9% no primeiro de 2025) e aumentos por via ferroviária (+12,6%, contra +3,9% no primeiro 2025 e por via aérea (+4,6%, contra +0,4% no primeiro trimestre de 2025).

O transporte de passageiros por comboio manteve um forte dinamismo no período em análise no tráfego interurbano, que com 9,8 milhões de passageiros, continuou a evidenciar o forte dinamismo iniciado com a introdução do Passe Ferroviário Verde (+97,9% que no mesmo período de 2024, contra +108,3% no trimestre anterior).

Em tráfego suburbano movimentaram-se 49,3 milhões de passageiros, o equivalente a um decréscimo de 1,4%, face ao período homólogo de 2024, contra +1,3% no trimestre anterior.

O transporte em tráfego internacional foi de 25,8 mil passageiros, mantendo-se em quebra (-6,6% em termos homólogos, contra -19,6% no primeiro trimestre de 2025).

No que toca ao transporte aéreo de passageiros, o INE refere que voltou a acelerar no segundo trimestre, tendo aterrado nos aeroportos nacionais cerca de 70 mil aeronaves em voos comerciais (+5,6% face ao trimestre homólogo de 2024, contra +1,4% no primeiro trimestre de 2025) e registado o movimento de 20,5 milhões de passageiros (embarques, desembarques e trânsitos diretos), representando um crescimento de 6,6% (contra um crescimento de 2,4% no primeiro trimestre de 2025).

No segundo trimestre de 2025, o tráfego aéreo internacional movimentou 16,9 milhões de passageiros (+6,9%), tendo concentrado 82,3% do tráfego total. O peso do movimento internacional ascendeu a 95,1% em Faro, 88,8% em Lisboa e 87,2% no Porto.

O aeroporto de Lisboa concentrou 46,8% do movimento total de passageiros (9,6 milhões), registando um aumento de 4,4% (+1,4% no primeiro de 2025) e o aeroporto do Porto registou o segundo maior volume de passageiros movimentados do país (22,8% do total e +7,6%), ao atingir 4,7 milhões.

O movimento de carga e correio ascendeu a 65,3 mil toneladas, mais 4,6% em termos homólogos, contra +0,4% no trimestre anterior.

Em relação ao transporte de passageiros por metropolitano, que registou um aumento ligeiro homólogo de 0,8%, no mês de abril registou-se um decréscimo homólogo, justificado pelo efeito de calendário do período de férias da Páscoa. Nos restantes meses do período, maio apresentou o maior aumento homólogo (+4,8%).

Pelo Metro de Lisboa foram transportados 44,3 milhões de passageiros (-2,1% que no mesmo período de 2024, contra +1,7% no trimestre anterior). O Metro do Porto movimentou 24,4 milhões de passageiros (+7,1% em termos homólogos e +9,4% que no trimestre anterior), tendo o Metro Sul do Tejo movimentado 5,1 milhões de passageiros (-1,3%; +2,0% no trimestre anterior).

Em relação ao movimento de mercadorias nos portos, o INE afirma que houve uma diminuição, já que no segundo trimestre deram entrada nos portos nacionais 3.472 embarcações de comércio, menos 3,7% que no mesmo período de 2024, contra uma variação homóloga de -0,8% no primeiro trimestre deste ano.

Nos portos foram movimentadas 21,6 milhões de toneladas de mercadorias, menos 6,8% que no mesmo período de 2024, depois da diminuição de 3,9% registada no primeiro trimestre deste ano.