Ordem dos Médicos pede demissão de presidente da ARS de Lisboa
Declarações da Ordem dos Médicos surgem depois dos problemas registados nas urgências do Hospital Amadora-Sintra.
O bastonário da Ordem dos Médicos (OM) pediu esta quarta-feira a demissão do presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT), na sequência de declarações sobre os problemas registados nas urgências do Hospital Amadora-Sintra.
"Seguramente, está a informar mal o ministro da Saúde e não lhe dá oportunidade para, atempada e preventivamente, resolver os problemas dos hospitais que estão sob a sua responsabilidade. O presidente da ARS-LVT, depois destas afirmações, deverá perder a confiança do ministro. Eu, se fosse ministro da Saúde, demitia-o", afirmou José Manuel Silva, após receber uma delegação do PCP, encabeçada pelo secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa.
O representante dos médicos referia-se a afirmações de Cunha Ribeiro, atribuindo os problemas a internamentos mais prolongados e à falta de médicos. O presidente da ARS-LVT disse que "o número de doentes que vai aos serviços de urgência não aumentou", mas há "doentes mais graves, mais idosos" e com maior permanência nas instalações.
"Vinte e oito diretores de serviço demitiram-se, as chefias de equipa de urgência também apresentaram as suas demissões em dezembro. Se calhar, essa pseudo-frase do presidente da ARS é que é capaz de estar errada. Eu pergunto o que será uma crise. Esta narrativa oficial de procurar minimizar e esconder a verdade é que continua a contribuir para que os verdadeiros problemas do país não sejam resolvidos. A preocupação da tutela ao não resolvê-los, é escondê-los", continuou o bastonário, comentando a classificação de "pseudo-crise" por parte de Cunha Ribeiro.
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