Médico cubano trabalhava em dois hospitais públicos.
O médico cubano ginecologista/obstetra Julio Pereira, acusado pelo Ministério Público de efetuar abortos ilegais em dois hospitais públicos (Amadora-Sintra e Centro Hospitalar de Torres Vedras), entre 2008 e 2012, vai começar a ser julgado na terça-feira, no Tribunal de Loures. O clínico cobrava entre 300 e 2500 euros por cada aborto.
Segundo a acusação do Ministério Público, o médico, de 52 anos, exigia o pagamento às grávidas antes de efetuar o aborto num dos hospitais.
O despacho de acusação descreve três casos de alegados abortos ilegais praticados a troco de dinheiro: um em 2008, no Hospital Amadora-Sintra, e dois no Centro Hospitalar de Torres Vedras, em 2012, sendo que uma das grávidas é a mesma que havia realizado o aborto em 2008.
A acusação refere que o médico atendia as mulheres nas dez primeiras semanas de gravidez, na Clínica dos Arcos, em Lisboa, mas depois encaminhava-as para o Hospital Amadora-Sintra ou para o Hospital de Torres Vedras, onde trabalhava em regime de prestação de serviços.
O ginecologista/obstetra está acusado pelo Ministério Público de dois crimes de aborto agravado, de dois crimes de falsificação de documento, de cinco crimes de peculato e de três crimes de recebimento indevido de vantagem.
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