Igreja luta contra a falta de padres
Todos os anos são ordenados menos de metade dos padres que morrem. Ontem, os bispos rezaram pelos 100 sacerdotes falecidos no ano passado.
O Anuário Católico dá conta de 3150 padres seculares em Portugal, o número mais baixo de sempre. Além disso, a Igreja continua a perder padres: desde 1995 são ordenados todos os anos menos de metade dos padres que morrem.
No ano passado, segundo apurou o CM, morreram cerca de 100 sacerdotes, tendo sido ordenados, nas 20 dioceses portuguesas, apenas 38.
Ontem, na Missa Crismal que assinala a instituição do sacramento da Ordem, os bispos e todo o clero diocesano rezaram pelos padres falecidos desde a Páscoa de 2014.
O arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, falou de "uma vocação maravilhosa", mas alertou para o facto de os padres não deverem esperar "poder ou reconhecimento".
As vocações têm diminuído, mas, apesar disso, o prelado pede aos sacerdotes "tempo para os fiéis".
"O presbítero deve encontrar tempo para estar com as pessoas, para as ouvir, tempo para percorrer as ruas e entrar nas casas", disse D. Jorge Ortiga.
Na Sé de Lisboa, na Missa da Ceia do Senhor, que integrou a cerimónia do lava-pés, o cardeal-patriarca lembrou o tempo da Páscoa para os fiéis meditarem sobre o sentido de ser cristão. Na Missa Crismal, também na Sé, D. Manuel Clemente referiu a missão de "anunciarem a Boa Nova aos pobres, de todas as pobrezas, do corpo e do espírito".
Em Roma, o papa Francisco lavou os pés a 12 detidos, numa missa da Ceia do Senhor realizada na igreja do complexo prisional de Rebibbia, em Roma, onde estiveram presentes cerca de 300 presos.
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