Portugueses gastaram três milhões em pílulas do dia seguinte

Venda deste medicamento aumentou 45,5% em seis anos.

09 de abril de 2018 às 01:30
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Os portugueses gastaram cerca de três milhões de euros em caixas de pílula do dia seguinte no ano passado.

No total, foram vendidas 192 153 embalagens- o valor mais alto de sempre em seis anos, o que representa um crescimento de 45,5%. Existem dois tipos de pílulas do dia seguinte, com princípios ativos diferentes: o levonorgestrel (esta pílula deve ser tomada nas primeiras 72 horas e pode ser comprada em farmácias e locais de venda livre) que custa em média 15,95 euros, e o ulipristal (tem uma atuação de 120 horas e só pode ser adquirido nas farmácias), considerado "mais eficaz" pelos farmacêuticos e que custa cerca de 23,95 euros.

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Os dados foram revelados ao Correio da Manhã pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed). Feitas as contas, foram vendidas cerca de 526 embalagens por dia em Portugal.

"Há muita gente que utiliza este método de contraceção de emergência como método usual e há riscos com o uso abusivo", alerta Ema Paulino, presidente da Secção Regional do Sul e Regiões Autónomas da Ordem dos Farmacêuticos.

PORMENORES

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Norma nas farmácias

Os farmacêuticos são obrigados a questionar o método de contraceção aquando da compra da pílula do dia seguinte. Fazem ainda aconselhamento.

Proteção contra doenças

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A contraceção de emergência atrasa a ovulação e impede a fecundação. Não interrompe, contudo, uma gravidez já existente, nem protege de doenças sexualmente transmissíveis.

Farmacêuticos querem venda exclusiva da pílula

Os farmacêuticos reclamam a venda exclusiva da pílula emergente (não é comparticipada nem precisa de receita médica) nas farmácias. "É a única forma de garantir que há um aconselhamento", diz Ema Paulino. 

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