Portugueses tomam mais antidepressivos

Centro e Alentejo são as regiões onde há maior número de utentes com perturbações mentais.

11 de outubro de 2017 às 01:30
Substâncias psicoativas Foto: Getty Images
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Consumo de antidepressivos duplicou em Portugal Foto: Getty Images

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O consumo de medicamentos antidepressivos em Portugal aumentou em 2016. Só no ano passado foram prescritas 11 795 898 embalagens de antidepressivos, mais 822 381 do que em 2015. Os dados constam do relatório do Programa Nacional para a Saúde Mental (PNSM) 2017, apresentado ontem em Lisboa.

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A causa desta subida está diretamente ligada ao aumento do registo de utentes com perturbações depressivas, demência e ansiedade, que subiu 3,26% face ao ano anterior. É nas regiões Centro e Alentejo que se regista o maior número de utentes com perturbações mentais.

Álvaro de Carvalho, diretor do PNSM, destacou, durante a apresentação dos dados, a necessidade de evitar a prescrição de substâncias psicoativas em jovens menores.

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Uma recomendação que contraria os resultados do relatório: 17,1% dos estudantes do ensino público com 18 anos já consumiram este tipo de medicamentos através de uma receita médica e 6,1% sem prescrição.

Outro dado destacado no relatório refere-se ao número de suicídios, que estabilizou. "Em cada 100 mil habitantes mantém-se a probabilidade de dez se suicidarem", referiu Francisco George, diretor-geral da Saúde.

PORMENORES 

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Alteração do orçamento

O financiamento dos hospitais na área da saúde mental vai ser alterado em 2018. As unidades "vão passar a receber por doente e não por número de consultas ou de internamentos", explicou Fernando Araújo, secretário de Estado Adjunto e da Saúde.

Protocolo com psicólogos

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Foi ontem assinado um protocolo entre a Direção-Geral de Saúde e a Ordem dos Psicólogos. O objetivo é o desenvolvimento de estratégias no âmbito dos cuidados de saúde primários e da prevenção da saúde mental.

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