Preços das plataformas aumentam com protesto dos taxistas

Motoristas de táxi dizem que empresas como Uber e Cabify 'aproveitam-se' da paralisação para subir preços.

24 de setembro de 2018 às 08:32
Taxistas Foto: André Cravinho
Taxistas Foto: Lusa
Taxistas Foto: Paulo Jorge Duarte
Taxistas Foto: André Cravinho

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A concentração dos taxistas, que cumpre esta segunda-feira o sexto dia em Lisboa, no Porto e em Faro, levou a que os preços praticados pelas plataformas eletrónicas de transporte - Uber, Taxify, Cabify e Chauffeur Privé - aumentasse nestas cidades, denunciam os diversos taxistas.

"Sabemos que a Uber e não só têm usado tarifas dinâmicas [taxas que variam consoante a procura dos clientes], aumentando muitíssimo os preços", revela, ao CM, Paulo Teixeira, motorista do setor do táxi, em Lisboa. A denuncia é partilhada Rúben Baptista que alerta para o facto de terem sido "os clientes, solidários com os taxistas, a contar o que está a acontecer".

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Para Luís Silva, presidente dos táxis do Lumiar (Lisboa) este é "um pequeno exemplo para as pessoas perceberem que se os táxis deixarem de existir os preços sobem, porque a procura aumenta". Também em Faro, o cenário é semelhante. Uma viagem entre o Aeroporto de Faro e Lagos (90 quilómetros de distância) chega a ultrapassar os 400 euros. Ontem a adesão ao protesto aumentou, significativamente, nas três cidades.

Em Lisboa juntaram-se vários taxistas de outras cidades. A solidariedade dos motoristas foi aplaudida pelos restantes colegas, enquanto gritavam "Costa, urgente, ouve o presidente", apelando assim à intervenção do primeiro-ministro no caso. Para hoje à tarde está marcada uma vigília dos taxistas até à praça do comércio, onde está a residir, provisoriamente, António Costa.

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Para quarta-feira está também prevista uma manifestação dos profissionais do setor. O objetivo é impedir que a lei que regula as plataformas entre em vigor a 1 de novembro.

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