Professora processada por fuga nos exames

Ministério instaurou processo disciplinar a docente por divulgar conteúdos do exame de Português.

15 de dezembro de 2017 às 01:30
Edviges Ferreira nega envolvimento Foto: João Cortesão
Matéria que saiu no exame circulou entre alunos dias antes da prova Foto: Inês Gomes Lourenço
Sala de aula Foto: Getty Images
Sala de aula Foto: Getty Images

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A Inspeção-Geral de Educação e Ciência concluiu o inquérito à fuga de informação sobre o exame de Português do 12º ano realizado a 19 de junho, anunciou o Ministério da Educação (ME), que instaurou um "processo disciplinar a uma docente para apuramento de responsabilidade nesta esfera".

O site do ‘Expresso’ adiantou tratar-se de Edviges Ferreira, presidente da Associação de Professores de Português. A docente nega: "Não fui notificada de qualquer processo em que seja visada. Não cometi qualquer falha ou irregularidade".

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A professora na Escola Rainha Dona Leonor, em Lisboa, admite ter sido ouvida pelos inspetores, tal como outros auditores que tiveram acesso aos conteúdos, mas nega irregularidades.

Dias antes da prova, uma aluna partilhou na aplicação WhatsApp um áudio revelador: "Uma amiga minha cuja explicadora é presidente do sindicato de professores, uma comuna, diz que ela precisa só de estudar Alberto Caeiro e contos e poesia do século XX e pediu para ela treinar uma composição sobre a importância da memória". A matéria saiu mesmo no exame.

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Muitos alunos terão ouvido o áudio, mas o ME diz que não foi possível apurar se houve "benefício mensurável" e remete a "aplicação de eventuais medidas" para depois da conclusão do processo disciplinar à docente.

O ME instaurou ainda um inquérito ao Instituto de Avaliação Educativa. O caso está a ser também investigado pelo Ministério Público, que ainda não constituiu arguidos.

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