Professores admitem fazer greve até agosto
Governo aprovou diploma que devolve 2 anos, 9 meses e 18 dias de tempo de serviço.
O Governo aprovou esta quinta-feira em Conselho de Ministros o decreto-lei que devolve apenas 2 anos, 9 meses e 18 dias de tempo de serviço aos professores. Segundo o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, o tempo será contabilizado "no momento da progressão ao escalão seguinte", com retroatividade a 1 de janeiro de 2019.
Os sindicatos falam em "roubo", exigem 9 anos, 4 meses e 2 dias e vão tentar uma solução na Assembleia da República, tendo ontem reunido com os grupos parlamentares. Mas para o caso de esta opção falhar, os sindicatos já preparam ações de luta, tendo ontem divulgado o questionário que será feito aos professores para saber que ações preferem e até onde estão dispostos a ir.
Para além de questionar os docentes sobre se defendem greve às aulas, exames e avaliações, os sindicatos perguntam se estas ações de luta devem "continuar em agosto, abdicando, se necessário, do período de férias", ou serem interrompidas em julho. É também perguntado se os docentes concordam com uma grande manifestação a 5 de outubro, Dia Mundial dos Professores, e na véspera das eleições legislativas. Para já resta esperar que o Presidente da República promulgue o diploma.
PORMENORES
Presidente vai promulgar
O diploma do Governo segue agora para a Presidência da República e deverá ser promulgado, tendo em conta as declarações feitas por Marcelo Rebelo de Sousa, que deixou entender que é a solução que agrada a ambas as partes.
Questionário aos docentes
Os sindicatos vão perguntar aos docentes se preferem "greves por regiões todas as semanas de maio", "greves por setores de ensino", "greve prolongada com incidência no 12º ano", "greves diárias aos primeiros tempos" ou se aceitam abdicar de parte do tempo de serviço.
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