Professores admitem fazer greve até agosto

Governo aprovou diploma que devolve 2 anos, 9 meses e 18 dias de tempo de serviço.

08 de março de 2019 às 08:59
Os representantes dos sindicatos de professores reuniram-se ontem com os grupos parlamentares Foto: Lusa
Sindicatos não abdicam dos 9 anos, 4 meses e 2 dias de tempo de serviço e mostraram-no antes da última ronda negocial Foto: Tiago Sousa Dias
Sindicatos não chegaram a acordo com o Governo sobre a recuperação do tempo de serviço. As posições estão extremadas. No dia 4 de março há nova reunião Foto: Lusa

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O Governo aprovou esta quinta-feira em Conselho de Ministros o decreto-lei que devolve apenas 2 anos, 9 meses e 18 dias de tempo de serviço aos professores. Segundo o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, o tempo será contabilizado "no momento da progressão ao escalão seguinte", com retroatividade a 1 de janeiro de 2019.

Os sindicatos falam em "roubo", exigem 9 anos, 4 meses e 2 dias e vão tentar uma solução na Assembleia da República, tendo ontem reunido com os grupos parlamentares. Mas para o caso de esta opção falhar, os sindicatos já preparam ações de luta, tendo ontem divulgado o questionário que será feito aos professores para saber que ações preferem e até onde estão dispostos a ir.

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Para além de questionar os docentes sobre se defendem greve às aulas, exames e avaliações, os sindicatos perguntam se estas ações de luta devem "continuar em agosto, abdicando, se necessário, do período de férias", ou serem interrompidas em julho. É também perguntado se os docentes concordam com uma grande manifestação a 5 de outubro, Dia Mundial dos Professores, e na véspera das eleições legislativas. Para já resta esperar que o Presidente da República promulgue o diploma.

PORMENORES

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Presidente vai promulgar

O diploma do Governo segue agora para a Presidência da República e deverá ser promulgado, tendo em conta as declarações feitas por Marcelo Rebelo de Sousa, que deixou entender que é a solução que agrada a ambas as partes.

Questionário aos docentes

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Os sindicatos vão perguntar aos docentes se preferem "greves por regiões todas as semanas de maio", "greves por setores de ensino", "greve prolongada com incidência no 12º ano", "greves diárias aos primeiros tempos" ou se aceitam abdicar de parte do tempo de serviço.

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