Professores admitem greve a exames, aulas e lançamento de notas

"Os professores não são filhos de um Deus menor", afirmou Mário Nogueira.

04 de junho de 2018 às 14:41
greve, professores, Lisboa, Madeira, Açores, continente Foto: Jorge Paula
Professores em greve Foto: Manuel de Almeida / Lusa
Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof Foto: António Contrim / Lusa
Greve dos Professores Foto: Lusa
Greve deverá contar com a adesão de milhares de professores e o fecho de muitas escolas Foto: Manuel Araújo / Lusa

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Os professores admitem avançar com uma greve aos exames nacionais, às aulas e a tarefas burocráticas como o lançamento de notas, caso o Ministério da Educação mantenha a proposta de contagem do tempo de serviço esta segunda-feira apresentada.

Os professores têm vindo a exigir a recuperação de nove anos, quatro meses e dois dias, ao passo que o Ministério da Educação não está disponível para a recuperação de mais de três anos.

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Em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com o ministro da Educação, o secretário geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, considerou "uma chantagem" a proposta de recuperação do tempo de serviço congelado.

Segundo Mário Nogueira, o ministro informou a Fenprof de que ou os sindicatos aceitavam a proposta da tutela ou terminavam as negociações sobre esta matéria sem recuperação de qualquer tempo serviço.

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"Os professores não são filhos de um deus menor", afirmou Mário Nogueira numa referência aos restantes trabalhadores da Função Pública que viram recuperados os anos de serviço que estiveram congelados.

Perante esta proposta, e após a reunião, Mário Nogueira contactou outras estruturas sindicais, entre as quais a Federação Nacional da Educação, tendo chegado a acordo para manter a greve às avaliações a partir do dia 18, cujo pré-aviso de greve já foi entregue.

Ficou ainda acordado entre as estruturas sindicais a hipótese de os professores poderem avançar para uma greve aos exames nacionais assim como as aulas que ainda estão a decorrer até ao final do ano letivo e a tarefas burocráticas como o lançamento de pautas.

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A decisão de avançar para estas formas de luta será tomada e conhecida na próxima quarta-feira, à tarde, depois de terminadas as reuniões agendadas entre todos os sindicatos e o Ministério da Educação.

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