Professores do 1.º ciclo pedem reforma aos 60 anos
Garantem no Parlamento que no final da carreira trabalham mais 11 anos letivos do que os outros professores.
O Movimento de Professores em Monodocência (MPM) propôs esta quarta-feira, no Parlamento, que a próxima revisão do estatuto da carreira docente preveja a aposentação sem penalização aos 60 anos para docentes do 1.º ciclo, como forma de compensação pela carga horária mais pesada. Numa audiência na Comissão de Educação e Ciência, o MPM lançou “um grito de socorro”.
“Não conseguimos continuar a trabalhar nas condições que nos oferecem atualmente”, afirmam, garantindo que no final da carreira trabalham “mais 11 anos letivos” do que os restantes professores, devido à componente letiva de 25 horas semanais (22 nos restantes ciclos) e ao regime de redução letiva mediante a idade menos favorável de que usufruem.
Apresentam ainda duas propostas alternativas. Em vez da reforma aos 60 anos propõem um regime de aposentação igual ao dos restantes docentes, mas a partir dos 55 anos de idade (e 32 de serviço) deixariam de ser titulares de turma e passariam a exercer apenas atividades não letivas.
Uma terceira hipótese apresentada aos deputados é acabar com o regime de monodocência (um professor por turma) desde o início da carreira e atribuir-lhes a mesma carga letiva e reduções mediante a idade que os restantes docentes.
Há muitos anos que os monodocentes reclamam da maior carga horária face aos restantes professores e do desgaste adicional que isso provoca.
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