Proteção Civil registou pelo menos seis ocorrências no Faial e São Jorge. Maior rajada de vento foi de 123 km/hora
Situações reportadas estão relacionadas com a queda de árvores, postes, ou danos em cobertura, adiantam as autoridades.
A tempestade pós-tropical Gabrielle causou esta sexta-feira seis ocorrências nas ilhas do Faial e de São Jorge, sem registo de vítimas, segundo o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA). A maior rajada de vento registada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera desde que a tempestade pós-tropical Gabrielle começou a atingir o arquipélago dos Açores, na noite de quinta-feira, foi de 123 quilómetros/hora, no Faial.
O SRPCBA adiantou em comunicado que, entre as 00:00 locais (mais uma hora em Lisboa) e as 03:07, foram registadas seis ocorrências, tendo cinco ocorrido na ilha do Faial e uma na ilha de São Jorge (no concelho da Calheta).
"As situações reportadas estão relacionadas com a queda de árvores, queda de postes e um dano em cobertura", lê-se na nota.
Nos locais, para apoio e resolução das ocorrências, encontram-se elementos dos bombeiros voluntários, serviços municipais de Proteção Civil, serviços florestais, obras públicas, forças de segurança e da operadora de telecomunicações MEO, segundo o SRPCBA.
O ciclone tropical Gabrielle que atinge os Açores deixou de ser um furacão de categoria 1 e passou a ser uma depressão pós-tropical, mas as preocupações mantêm-se, segundo o IPMA.
"O que até agora era denominado furacão Gabrielle, perdeu algumas das suas características que o denominavam furacão. Neste momento, a melhor designação que se aplica é um ciclone pós-tropical", disse à agência Lusa a meteorologista Tânia Viegas, da Delegação Regional dos Açores do IPMA, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.
Contudo, acrescentou, "isto não significa necessariamente -- e é o que é válido neste caso -, que tenha perdido intensidade ou que as rajadas de vento passem a ser menores".
O ciclone tropical Gabrielle começou a atingir os Açores pelas 22:00 locais de quinta-feira e o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê que o "período mais crítico" seja durante a madrugada.
As ilhas dos grupos Central (Pico, Faial, Graciosa, Terceira e São Jorge) e Ocidental (Flores e Corvo) mantêm-se sob aviso vermelho -- o mais grave numa escala de três -- devido às previsões de precipitação, vento e agitação marítima.
O Governo Regional declarou situação de alerta até às 18:00 de sexta-feira, nos grupos Central e Ocidental, proibindo determinadas atividades.
Nestas ilhas, foram também encerrados serviços públicos não urgentes e essenciais, incluindo escolas.
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