Protestos marcam regresso às aulas

Falta de condições e de professores afeta estudantes.

22 de setembro de 2015 às 03:30
Protestos no primeiro dia Foto: António Cotrim/Lusa
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As aulas tiveram esta segunda-feira início na grande maioria das escolas públicas. O arranque do ano letivo fica, contudo, marcado por protestos de alunos e pais: na Escola Secundária Ferreira Dias, em Agualva (Sintra), as críticas foram para a precariedade das instalações. Em Santiago do Cacém, há uma escola básica encerrada por falta de funcionários, e em Favaios (Alijó) o descontentamento resultou da transferência de uma professora. Em Peso da Régua, as aulas na EB 2,3 começaram em contentores.

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Os maiores protestos decorreram na Agualva. Ana Paula Cunha, presidente do conselho-geral da Escola Ferreira Dias, afirmou que os problemas no estabelecimento "colocam em risco vidas humanas". "Em situações de mau tempo, ficamos com o credo na boca e estamos sempre na esperança de que a escola não caia e de que o aqueduto que passa por baixo não transborde", referiu.

Numa escola com dois mil alunos, só há quatro sanitas. "A maior parte dos alunos vão a casa quando têm de ir à casa de banho", frisou. Alcino Almeida tem o filho a estudar no 11º ano e denunciou que "os alunos têm de ir buscar cadeiras e mesas a outras salas, o que reduz as aulas a 15 ou 20 minutos".

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Já o presidente da Associação de Estudantes, José Aragão, disse que "qualquer dia é necessário vir com guarda-chuvas para dentro da sala de aula".

O ano letivo começa também com professores por colocar. Um exemplo é a escola da Torrinha, no Porto, onde os alunos do 4º ano não têm professor. "A docente está de baixa desde o ano passado e ainda não há alternativa. Não entendo", contou ontem ao Correio da Manhã Ana Pereira, mãe de uma aluna cujas aulas já deviam ter começado.

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