PSD ao lado de PCP e BE na contagem de serviço dos professores
Rio quer ver reconhecido o tempo total. CM sabe que o partido prepara proposta própria.
Rui Rio, presidente do PSD, não se compromete com uma posição pública final sobre o decreto-lei do Governo da contagem parcial do tempo de serviço dos professores, mas o CM sabe que o partido mantém a sua posição de princípio: o reconhecimento total do tempo de serviço, ou seja, nove anos, quatro meses e dois dias.
À margem de uma iniciativa em Vila do Conde, o líder social democrata reconheceu a "justiça no que os professores têm reclamado" e defendeu que o tempo de serviço total "deve ser de alguma forma contabilizado", e não apenas os dois anos, nove meses e 18 dias, como pretende o Executivo. Rio assegura que há "diversas formas para o fazer".
Ao Correio da Manhã, fonte próxima do líder do PSD vai mais longe: "Se for requerida apreciação parlamentar, nós apresentaremos uma proposta própria".
A mesma fonte sublinha, porém, que o partido não conhece o decreto, que ainda vai seguir para apreciação do Presidente da República. PCP e BE já avisaram que pedirão apreciação parlamentar se Belém promulgar o diploma. Esta aliança entre partidos da esquerda e PSD ditará o ‘chumbo’ da intenção do Governo.
"Os Verdes e o PAN também estão contra e só falta CDS e PS reconhecerem a injustiça", disse Mário Nogueira.
PORMENORES
Em Belém só após o dia 21
O diploma do Governo que devolve 2 anos e 9 meses não chega a Belém antes de dia 21, que é a data-limite para os governos regionais emitirem parecer.
Decisão do presidente
Marcelo tem ouvido argumentos a favor e contra, e avaliado se o diploma é inconstitucional, por levar à ultrapassagem de docentes mais experientes.
Sindicatos satisfeitos e contra atitude do PS
Mário Nogueira (Fenprof) elogiou a posição do PSD e criticou o PS: "O PSD é coerente com o que fez na Madeira, onde é Governo e aprovou a recuperação integral, e nos Açores, onde é oposição.
Já o PS é incoerente: na Madeira aprova, nos Açores está contra e no continente também".
Professores defendem solução da Madeira
A aliança entre esquerda e direita é suficiente para chumbar o diploma do Governo que devolve apenas 2 anos e 9 meses.
A Fenprof propõe que "seja depois adotada a mesma solução da Madeira, que foi negociada com os sindicatos, e prevê a recuperação até 2025".
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