Quatro mil crianças e jovens sem médico de família
Agrupamento de Centros de Saúde do Algarve Central apresenta as maiores carências.
O Algarve conta com quase quatro mil recém-nascidos, crianças e jovens sem médico de família atribuído, segundo dados do Ministério da Saúde.
As maiores carências fazem-se sentir no Agrupamento de Centros de Saúde do Algarve Central (ACES Central), que abrange os concelhos de Albufeira, Faro, Loulé, Olhão e São Brás de Alportel.
Numa resposta a questões colocadas pelo deputado do Bloco de Esquerda Moisés Ferreira, a que o CM teve acesso, o Governo revelou que, no ACES Central, "desde setembro de 2016, falta atribuir médico de família a 210 recém-nascidos" , encontrando-se na mesma situação "3341 crianças e jovens".
O Ministério da Saúde refere, no entanto, que "todas as crianças têm acesso à consulta de recurso de saúde infantil, seguindo o esquema de vigilância recomendado pela Direção-Geral de Saúde, de forma a minimizar os constrangimentos inerentes à carência de médicos de família que existe na região".
Anteriormente, tal como o CM já noticiou, o Governo havia revelado a existência de "361 crianças e jovens da área de influência do ACES Barlavento [Aljezur, Lagoa, Lagos, Monchique, Portimão, Silves e Vila do Bispo]" sem médico de família.
Assim, no total, existem 3912 recém-nascidos, crianças e jovens nessa situação no conjunto da região algarvia.
O Ministério da Saúde realça que está a procurar resolver a carência de clínicos através de abertura de procedimentos de recrutamento.
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