Queda de chuva não faz parar transporte de água

As descargas de água diárias feitas através de 45 camiões-cisternas dos bombeiros na barragem de Fagilde (Viseu) continuam e não vão parar, apesar de estar prevista queda de chuva a partir de amanhã, sobretudo nas regiões Norte e Centro do País.

A queda de chuva não será significativa e terá pouco impacto na barragem que por estes dias regista mínimos históricos. Por outro lado, a solução encontrada pelo Governo de transferir todos os dias 10 mil metros cúbicos de água não tratada da barragem da Aguieira (Mortágua) para Fagilde ainda não tem resultados visíveis.

"Isto é como uma gota de água num oceano. É preciso mais para resolver o problema da falta de água", contou um bombeiro envolvido na operação que teve início na tarde de sábado e que contou com a presença do ministro do Ambiente.

Já ontem, João Matos Fernandes salientou que neste momento, e em todo o País, estão a ser investidos no círculo urbano da água "cerca de 400 milhões de euros, num setor que nos últimos 20 anos investiu mais de 10 mil milhões de euros, no abastecimento, recolha e tratamento de fluentes".

O ministro anunciou 40 milhões de euros para assegurar o abastecimento a todo o Alentejo interior.

Um milhão de metros cúbicos saem de Fagilde 

Apelo para a poupança dos portugueses 

As bacias hidrográficas em Portugal continuam com índices críticos, mas também em Espanha os níveis de armazenamento estão abaixo das médias para a época.

PORMENORES 

Camiões com água tratada

Desde o final de outubro que camiões-cisterna descarregam água tratada em reservatórios de Viseu, Nelas, Mangualde e Penalva do Castelo.

Governo ‘gasta’ milhares

Com as operações de transporte de água, o Governo já gastou, no mínimo, 500 mil euros. O valor do transporte entre barragens ainda não foi definido.