Raríssimas suspende Paula Brito e Costa

Fundadora apresentou-se ao serviço, sob protestos dos funcionários.

21 de dezembro de 2017 às 01:30
Paula Costa e o marido, à saída da Casa dos Marcos Foto: FLASH
Inspetores da Segurança Social voltaram ao local
Paula Brito e Costa e o ministro Vieira da Silva num evento a posar para uma selfie Foto: Direitos Reservados
Paula Brito e Costa, presidente, associação, Raríssimas Foto: Marisa Cardoso
Paula Brito e Costa, presidente, associação, Raríssimas Foto: Marisa Cardoso

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Depois de oito horas na Casa dos Marcos, na Moita, Paula Brito e Costa saiu da Raríssimas sob uma ordem de suspensão de 30 dias. De acordo com o comunicado, assinado pela vogal da direção da Associação, Marta Balula, foi instaurado um "procedimento prévio de inquérito para investigar a alegada violação dos deveres de sigilo, de obediência e de lealdade para com o empregador", por parte de Paula Brito e Costa.

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O mesmo parecer da direção da Raríssimas indica ainda que a decisão se deve ao facto de a presença da ex-presidente no local de trabalho poder "perturbar as averiguações do procedimento de inquérito".

Esta quarta-feira, a ainda diretora-geral, fundadora e ex-presidente da Raríssimas apanhou de surpresa os 130 funcionários da Casa dos Marcos ao apresentar-se ao serviço logo pela manhã, acompanhada pelo marido, Nélson Costa, que também trabalha na Casa dos Marcos.

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Foram recebidos com desagrado por parte dos trabalhadores, que abandonaram as funções para se concentrarem à porta da unidade. "Exigimos que vá embora porque só prejudica a instituição", explicou ao CM Inês Pacheco, assistente social da Casa dos Marcos.

À saída, Paula Brito e Costa preferiu remeter-se ao silêncio. Saiu acompanhada do marido, que tapou a cabeça com um casaco.

Vieira da Silva acusado de violar código  

O PSD acusou ontem o ministro Vieira da Silva de ter violado o código de conduta, aprovado pelo atual Governo, ao tomar decisões sobre uma entidade, Raríssimas, onde exerceu funções como vice-presidente da Assembleia Geral.

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No debate quinzenal no Parlamento, o primeiro-ministro, António Costa, garantiu que o ministro "não violou nenhum código de conduta" e que ambos estão "de consciência tranquila".

Associação pagou cursos de 50 mil euros

Paula Brito e Costa usou mais de 50 mil euros da Raríssimas e da Federação das Doenças Raras para pagar cursos de formação na escola de negócios AESE, para ela e para o filho, César, entre 2014 e 2016.

SAIBA MAIS 

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2002

A Raríssimas é uma instituição sem fins lucrativos, fundada em abril de 2002. A iniciativa partiu de Paula Brito e Costa, que teve um filho com uma doença rara.

Marco deu nome a casa

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O filho de Paula Brito e Costa, Marco, sofria de Cornelia de Lange e morreu aos 16 anos e deu nome à Casa dos Marcos, uma ideia que ajudou a criar.

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