Refugiados já têm visto para trabalhar
Adultos e crianças têm aulas intensivas de português.
Passaram pouco mais de dois meses desde que três famílias de refugiados sírias e uma sudanesa foram acolhidas em Penela. Os títulos de residência, válidos por cinco anos, já estão prontos e o processo de reconhecimento das habilitações profissionais está em curso.
"Já finalizámos todos os documentos necessários, o que lhes dá alguma liberdade para pensarem sobre a vida futura e entrarem no mercado de trabalho", disse ontem Nataliya Bekh, diretora do Centro de Refugiados Paz, durante uma visita ao Parque Biológico da Serra da Lousã. O passeio foi organizado no âmbito do Dia Mundial do Migrante e do Refugiado.
"Sinto que vou conseguir trabalhar e exercer a minha profissão aqui em Portugal", disse Sameer Mohamad, 37 anos, formado em bioquímica, que está a frequentar aulas de língua portuguesa na Universidade de Coimbra, juntamente com outros quatro refugiados. Também as crianças têm aulas intensivas nas escolas.
Com 21 anos, o sudanês Belal Ibrahim já joga futebol no Clube Desportivo e Recreativo Penelense e quer frequentar um curso superior de Português-Inglês. "Estou feliz todos os dias, gosto de tudo aqui", afirmou.
O projeto está a correr tão bem que uma das refugiadas já está à espera de um bebé e a Fundação ADFP de Miranda do Corvo, que lidera o programa, prevê receber um novo grupo em breve.
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