Remédio para a diabetes ajuda a emagrecer
Medicamento inovador está sujeito a prescrição médica. Cada embalagem custa 257,23 euros.
Oliraglutido, substância ativa, chegou ao mercado farmacêutico português há cerca de cinco anos e, desde então, tem surpreendido investigadores, médicos, farmacêuticos e pacientes. Inicialmente indicado apenas para o tratamento da diabetes em adultos (victoza - nome comercial), foi há pouco tempo aprovado para tratar o excesso de peso (saxenda - nome comercial).
O remédio inovador é injetável e está sujeito a receita médica, quer para o tratamento da diabetes, quer para a diminuição de peso.
"O medicamento não é comparticipado pelo Estado e cada embalagem custa 257,23 euros", explica ao CM Ema Paulino, da Ordem dos Farmacêuticos. O remédio "promove o nível da saciedade, fazendo com que a pessoa coma menos". Cada caixa deste medicamento contém três canetas pré- -cheias, o suficiente para cerca de três meses de tratamento, quando utilizada a dose mínima recomendada.
De acordo com a farmacêutica, há cada vez mais população a procurar medicamentos indicados para a perda de peso. "O que as pessoas não percebem é que não há uma receita milagrosa", adverte. De acordo com os mais recentes estudos, o saxenda permite a perda de 10 por cento do peso. "A cirurgia bariátrica, por exemplo, permite a perda de 30% do peso", compara Ema Paulino.
DISCURSO DIRETO
Carlos Oliveira, presidente da Associação Doentes Obesos e Ex-obesos "É preciso ter este apoio" CM -
Carlos Oliveira, presidente da Associação Doentes Obesos e Ex-obesos "É preciso ter este apoio" CM - Carlos Oliveira
– Temos uma reunião agendada para dia 5 de junho com o Ministério da Saúde. Vamos apelar para que haja uma comparticipação destes medicamentos.
16 meses para ter consulta e operação
Os doentes obesos esperam, em média, 16 meses pela primeira consulta de cirurgia da obesidade e pela operação propriamente dita. A conclusão é do estudo ‘Cuidados de Saúde Prestados no Serviço Nacional de Saúde’ da Entidade Reguladora da Saúde.
Conselho da semana
Comprar medicamentos através da internet pode ser mais cómodo e até mais barato, mas pode sair caro ao consumidor, já que existe o risco de adquirir um remédio falso ou até proibido no País. Antes de comprar qualquer medicamento, pesquise na página da internet www.fakeshare.eu/pt/
Mulheres são quem mais faz desporto nos ginásios
O número de pessoas que recorre aos ginásios para praticar desporto aumentou 9,7 por cento num ano. De acordo com os dados fornecidos ao Correio da Manhã pela Associação de Empresas de Ginásios e Academias de Portugal (AGAP), o número de sócios aumentou de 535 mil, em 2017, para 593 mil no ano passado.
O Barómetro do Fitness em Portugal, que contou com uma amostra de 346 clubes, indica ainda que a maioria dos inscritos em ginásios são mulheres (53%), tendo a maioria entre 31 e 64 anos. No ano passado, cada sócio foi, em média, duas vezes por semana ao ginásio. A frequência média nos clubes individuais é significativamente maior (2,8 vezes por semana) do que nas cadeias (1,7 vezes por semana). Desde 2011 que os ginásios apostam em mensalidades mais baixas para mais sócios. Em 2018, a mensalidade média era 39,96 €.
Grau da obesidade através do IMC
A gravidade da obesidade é avaliada com o parâmetro Índice de Massa Corporal (IMC), que é calculado através do peso e da altura. Na prática, o peso é dividido, em quilos, pelo valor da altura, em metros.
A pré-obesidade corresponde a um IMC acima de 25 e a obesidade acima de 30. É possível, no entanto, ter gordura a mais em determinadas zonas do corpo, sem estar acima do peso.
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