Rever projetos custa 1,3 milhões
A Parque Escolar, empresa criada para remodelar os edifícios do ensino público, já gastou, entre 2012 e os primeiros quatro meses de 2013, mais de 1,3 milhões de euros em contratos de prestação de serviços para alterar projetos de arquitetura de 34 escolas de norte a sul do País.
O objetivo, segundo os 111 contratos, 75 de 2012 e 36 de 2013, que estão na página da internet do Governo para as contratações públicas, é reduzir os custos das empreitadas.
Em 2012, entre os projetos de alteração mais caros estão as escolas secundárias Dr. Júlio Martins, em Chaves, no valor de 67 651 euros; Vale de Cambra, com 45 889 euros; Padrão da Légua, em Matosinhos, com 45 mil euros; e Ponte de Lima, no valor de 31 410 euros.
Em 2013, voltam a estar entre os projetos de alteração mais caros as escolas secundárias de Padrão da Légua, Matosinhos, com 76 500 euros; a de Ponte de Lima com 54 mil; e a de Castelo de Paiva, com 27 mil euros.
Recorde-se que, em janeiro de 2012, o Ministério da Educação e Ciência anunciou a reavaliação dos projetos de 69 escolas, estimando uma poupança de 64,5 milhões de euros. Estarão ainda em falta as reavaliações dos projetos de 35 escolas.
O plano de contenção dos projetos de renovação e de remodelação das escolas teve início em setembro de 2011, depois de o ministro Nuno Crato ter solicitado auditorias ao Tribunal de Contas e também à Inspeção-Geral de Finanças.
Os resultados dessas inspeções, conhecidos em março de 2012, confirmaram a derrapagem das contas da Parque Escolar, que até 2010 já tinha gastado 1,44 mil milhões de euros. Se não se fizesse uma redução de custos, a estimativa total do programa, para intervenções em 332 escolas, atingiria os 4,4 mil milhões de euros, ultrapassando em 84% a estimativa inicial.
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