Octapharma fatura 199 milhões

Octapharma faturou 199 milhões de euros ao Estado desde 2009.

18 de junho de 2015 às 00:30
Paulo Macedo Foto: António Cotrim/Lusa
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Os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) gastaram, em 2014, 54,9 milhões de euros na compra de derivados do sangue e plasma, um produto sanguíneo, segundo dados do ministro da Saúde, Paulo Macedo, apresentados ontem à Comissão Parlamentar da Saúde.

De acordo com os dados do Ministério da Saúde, a empresa que mais faturou no ano passado com a venda dos derivados do sangue e plasma ao SNS, no valor de 24,7 milhões de euros, foi a Octapharma, empresa na qual trabalhou o ex-primeiro-ministro José Sócrates. O negócio permitiu à empresa faturar ao SNS, desde 2009, um total de 199,4 milhões de euros.

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Paulo Macedo pretende que o SNS adquira o plasma do sangue de dadores portugueses. Para isso, lançou na terça-feira um concurso de derivados de sangue, decorrendo um processo para aproveitar plasma para fabrico de medicamentos. Paulo Macedo salvaguardou que nunca será possível utilizar totalmente o plasma.

Já o secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, Leal da Costa, referiu que Portugal é "autossuficiente" na quantidade de plasma. "Temos uma quantidade excedentária e temos armazenadas 200 mil unidades de plasma: as necessidades rondam as 72 mil a 77 mil unidades." O plasma armazenado tem uma validade de três anos, ao fim dos quais será destruído. Numa das sete mil unidades de plasma enviadas à Octapharma, foi detetado o vírus da hepatite E, uma situação que "não tem risco de provocar doença", segundo o gabinete de comunicação do Instituto Português do Sangue e da Transplantação.

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No Parlamento, Paulo Macedo afirmou ainda que quer aumentar "em breve" de cinco para 16 o número de clínicas convencionadas com o SNS para o aumento do número de colonoscopias, na região de Lisboa e Vale do Tejo.

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