Presidente da Raríssimas investigada por luxos
Marcelo espera apuramento de factos no caso. Ministro do Trabalho sabia das irregularidades há dois meses.
Em resposta à polémica instalada após a reportagem da TVI que denuncia a utilização indevida de dinheiro por parte da presidente da Raríssimas, Paula Brito e Costa, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social fez saber que irá "dentro das suas competências, avaliar a situação e agir em conformidade, tendo sempre em conta, e em primeiro lugar, o superior interesse dos beneficiários desta instituição."
"Os apoios atribuídos pela Segurança Social às diversas instituições de solidariedade social ou equiparadas enquadram-se no desenvolvimento das respostas sociais protocoladas, tais como acordo de cooperação ou apoios no âmbito do Fundo de Socorro Social, tendo como base os valores previstos na lei e o número e modelo de utentes dessas respostas. Os acordos de cooperação, bem como outros apoios eventualmente atribuídos, são devidamente instruídos e analisados pelos serviços competentes da Segurança Social", pode ler-se num comunicado a que o CM teve acesso.
O ex-tesoureiro da Raríssimas, Jorge Nunes, enviou uma carta a Vieira da Silva onde pedia a intervenção do ministro, que se remeteu ao silêncio, segundo avança a TVI24.
Jorge Nunes, numa carta datada a 9 de agosto, pediu ao Instituto da Segurança Social uma inspecção à Raríssimas, que conta falta de resposta voltou a pedir a 15 de agosto uma intervenção.
O último pedido ocorreu a 21 de Setembro que de nada valeu.
Dinheiro da Raríssimas paga vestidos de alta costura, viagens e BMW
A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar a gestão financeira da associação sem fins lucrativos Raríssimas, uma instituição cujo objetivo é a apoiar cidadãos portadores de doenças raras e deficiências mentais. Paula Brito e Cunha é a presidente da instituição solidária que vive de subsídios do Estado e de outro tipo de donativos.
Em causa na investigação poderão estar compram de vestidos de alta costura, mapas de deslocações fictícias, gastos pessoais em supermercados e viagens ao estrangeiro.
A TVI levou a cabo uma investigação jornalística onde expõe centenas de documentos que podem comprometer a gestão de Paula Brito e Costa e pôr em causa a atuação do atual secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, enquanto consultor da associação Raríssimas e ainda da deputada do PS Sónia Fertuzinhos, que terá realizado uma viagem ao estrangeiro paga pela instituição.
Raríssimas refuta acusações após chuva de críticas Paula Brito e Costa, a diretora da associação solidária Raríssimas, já reagiu às acusações de que é alvo por parte da investigação jornalistíca da TVI. "Todas as acusações apresentadas nesta reportagem são insidiosas e baseadas em documentação apresentada de forma descontextualizada", pode ler-se no comunicado partilhado na página de Facebook da instituição. Apesar de negarem qualquer tipo de veracidade na reportagem levada a cabo pela estação, a direção da Raríssimas não explica de que forma devem então ser enquadradas as faturas e a documentação apresentada que dão conta de compras de vestidos luxuosos, gastos pessoais em supermercados, viagens ao estrangeiro e mapas de deslocações fictícias, utilizando o dinheiro da instituição. Marcelo espera apuramento de factos no caso O Presidente da República congratulou-se este domingo com o facto de o Ministério do Trabalho, Segurança Social e Solidariedade anunciar que vai avaliar a situação da associação Raríssimas e eventual gestão danosa ou outras irregularidades.
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