Seguro não paga morte de funcionária de lar em Reguengos de Monsaraz
‘Mila’ trabalhava no lar há oito anos. Morreu de Covid-19.
A funcionária do lar da Fundação Maria Vogado Perdigão Silva, em Reguengos de Monsaraz, que morreu de Covid-19, tinha seguro de acidentes de trabalho, mas não cobre esta situação, pelo que a família não irá receber qualquer montante.
A informação foi avançada ao CM pelo presidente da fundação. Ludvmila Istratuc, de 42 anos, trabalhava no lar há oito. Deixa três filhos menores, de 5, 15 e 17 anos. "Participámos o óbito junto da companhia para efeitos do seu acionamento, e esclarecimento sobre se o óbito por SARS CoV-2 (Covid-19) estava a coberto do mesmo.
Em resposta, a companhia de seguros informou que ‘a infeção por Covid-19 em contexto laboral, na sequência da exposição ao contágio do vírus, não pode ser qualificada como acidente de trabalho", esclarece o lar de Reguengos, onde morreram 18 pessoas.
‘Mila’ sentiu os primeiros sintomas a 16 de junho. Realizou o teste a 18 e no dia seguinte chegou a confirmação das suspeitas: tinha Covid. Foi internada no Hospital de Évora. A 25 de junho entrou nos cuidados intensivos. Morreu a 1 de julho.
O marido, Adrian, de 42 anos e trabalhador agrícola, teme pelo seu futuro e dos filhos. Ao CM, o lar de Reguengos manifesta total disponibilidade "para apoiar a família em tudo aquilo que pudermos".
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