Serviços mínimos diminuem lixo

u Os serviços mínimos decretados para a greve dos trabalhadores da higiene urbana na cidade de Lisboa permitiram minimizar os efeitos do protesto, mas o lixo continua acumulado em muitas zonas. “A situação obviamente agravou-se, mas não tanto como podia ser o pior cenário”, admitiu Pedro Moutinho, diretor municipal da higiene urbana. Ontem, a adesão à greve rondava os 60%, tendo sido garantido pela autarquia 46 dos 105 circuitos que costumam realizar-se, explicou Nuno Almeida, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa. Nalgumas freguesias, o lixo acumulado não é novidade, como em Marvila. “Já houve dias piores sem greve”, reconheceu José Videira, presidente da junta. O autarca, eleito pelo PS, explicou que na freguesia, com cerca de 40 mil habitantes, “a situação já é caótica” por norma. “Estamos habituados a que os circuitos de recolha falhem”, referiu, receando, porém, que o cenário piore com o avançar da greve, que vai decorrer até quinta-feira e que incidirá nos festejos de Passagem de Ano.