Sindicato confirma problemas na Linha SNS 24 na quarta-feira

Ministério da Saúde nega qualquer constrangimento de atendimento e diz que o tempo médio de espera em dezembro foi de 10 minutos.

19 de dezembro de 2025 às 01:30
Linha SNS 24 atendeu 307 mil chamadas entre 1 e 17 de dezembro
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Rui Lázaro, presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, confirmou ao CM os constrangimentos sentidos na quarta-feira ao final do dia pela Linha SNS 24, que o nosso jornal tinha noticiado, com 600 pessoas em espera. “Confirmo que recebemos informação do Centro de Atendimento de Doentes Urgentes (CODU) do INEM sobre a existência de constrangimentos na Linha SNS 24, com centenas de chamadas em espera e impossibilidade de transferir chamadas emergentes para o CODU”, afirmou o dirigente sindical, que na quarta-feira já tinha confirmado o problema da transferência de chamadas.

A Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), responsável pela gestão da Linha SNS 24, já tinha negado na quarta-feira o colapso da linha e a impossibilidade de transferir chamadas. Esta quinta-feira, em resposta a mais questões do CM, a SPMS reiterou o desmentido e garantiu que não se verificou “em nenhum período do dia 17 de dezembro (quarta-feira), qualquer constrangimento no atendimento” e que “o fluxo de contactos foi normal e na média de dezembro de 2025, tendo sido atendidas mais de 18 000 chamadas (número similar à véspera)”.

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O CM perguntou ainda se tinha havido cerca de 600 pessoas em espera, qual tinha sido o número máximo de pessoas em espera, e quais tinham sido os tempos máximo e médio de espera, mas estas questões não tiveram resposta. A Linha SNS 24 é operada pela MEO em regime de outsourcing, com a maioria dos profissionais de saúde a trabalhar de casa, consoante a disponibilidade. A DGS tinha revelado que a procura da linha cresceu na primeira semana de dezembro, com níveis acima dos anos anteriores, devido ao aumento de casos de gripe e infeções respiratórias.

Esta quinta-feira, a SPMS revelou que atendeu desde o início de dezembro “cerca de 307 mil chamadas, um aumento de 17% face ao mesmo período do ano passado”, tendo o tempo médio de espera sido de 10 minutos, com 65% dos utentes a serem atendidos em menos de dois minutos. Houve 39,8% de casos que foram aconselhados a ir para as urgências, 4,7% foram encaminhados para o INEM e 9,6% a ficar em autocuidados em casa.

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