Sindicato de bombeiros profissionais convocado para reunião na Câmara de Lisboa
Reunião será com o novo vereador responsável pelo pelouro da Proteção Civil.
O Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP) foi convocado para uma reunião na segunda-feira com a Câmara Municipal de Lisboa a propósito da greve dos sapadores bombeiros, anunciou esta sexta-feira a estrutura representativa dos trabalhadores.
Num curto comunicado, o SNBP refere que a reunião será com o novo vereador responsável pelo pelouro da Proteção Civil, Rodrigo Mello Gonçalves (Iniciativa Liberal).
"O encontro tem como objetivo discutir a situação laboral que motivou a greve, analisar as reivindicações apresentadas pelo SNBP e encontrar soluções que garantam melhores condições de trabalho para os bombeiros sapadores de Lisboa", pode ler-se na nota.
O sindicato irá comunicar os resultados da reunião "ao longo da próxima semana".
Os bombeiros do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSBL) iniciaram na segunda-feira uma greve devido a "problemas persistentes nas condições de trabalho", garantindo apenas os serviços mínimos para assegurar o socorro à população da cidade.
A paralisação incide sobre serviços de prevenção e vistorias, limpezas de pavimento, entre outros serviços que não coloquem em causa o socorro.
Relativamente à formação profissional, apenas está a ser garantida a relativa aos cursos de promoção dos bombeiros do RSBL.
O presidente do SNBP, Sérgio Carvalho, disse recentemente que a greve, até 17 de dezembro, só iria parar quando fosse recebido pelo presidente da autarquia, Carlos Moedas (PSD).
Entre os motivos que levam os sapadores à greve estão a falta de equipamentos de proteção individual, "escassez de efetivos e viaturas sem guarnição e algumas viaturas sem equipamento específico há vários anos", além de instalações com "condições de habitabilidade inadequadas".
Sérgio Carvalho lembrou também que os sapadores prestam um serviço diário de prevenção ao heliporto do Hospital de Santa Maria, de 24 horas, e que "até ao momento ninguém conhece o protocolo estabelecido entre o RSBL, a Câmara Municipal de Lisboa e o hospital".
Para o sindicato, o regimento "não pode prestar um serviço gratuito ao Ministério da Saúde, quando se trata de prevenção e não de socorro". Aquando do anúncio da greve, previa-se que as prevenções relacionadas com as aterragens e descolagens do heliporto do Hospital de Santa Maria fossem afetadas, por serem um serviço de prevenção.
O SNBP já apresentou uma queixa à Inspeção -Geral de Finanças contra a Câmara de Lisboa, denunciando "falhas graves" na gestão do regimento, nomeadamente falta de equipamentos de proteção individual.
Numa resposta enviada à Lusa, fonte do município indicou que "na componente de viaturas e equipamentos houve um investimento de cerca de oito milhões de euros, capacitando o RSBL para a resposta a situações de elevada complexidade e perigosidade".
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