Sindicato dos Magistrados do MP pede reabilitação do Tribunal São João Novo no Porto
Foi pedido ao Ministério da Justiça para intervir na reabilitação. Sindicato ressalvou que há tribunais em Portugal que não garantem sequer condições mínimas de salubridade, segurança ou dignidade funcional.
O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) manifestou esta quarta-feira profunda preocupação com a degradação do Tribunal de São João Novo, no Porto, e pediu ao Ministério da Justiça que intervenha imediatamente na sua reabilitação.
Em comunicado, o sindicato referiu que há infiltrações, tetos danificados e água a escorrer pelas paredes do tribunal.
"A dignidade das funções judiciais não se compadece com baldes no chão, tetos a ruir ou soluções improvisadas. É inadmissível exigir excelência e produtividade sem garantir instalações seguras, funcionais e compatíveis com os princípios constitucionais que regem o sistema judicial", referiu.
O sindicato ressalvou que há tribunais em Portugal que não garantem sequer condições mínimas de salubridade, segurança ou dignidade funcional.
Este edifício histórico, que deveria ser preservado e adaptado à sua missão pública, tornou-se um símbolo do abandono a que têm sido votadas muitas estruturas da justiça, apontou.
Para o sindicato, o desinvestimento e a inércia das entidades responsáveis comprometem não apenas o funcionamento dos serviços, mas também a confiança dos cidadãos na justiça.
"Impõe-se que o Ministério da Justiça, em articulação com as entidades competentes, intervenha de forma imediata e estruturada assegurando a reabilitação urgente do Tribunal de São João Novo e de todas as instalações em situação semelhante", considerou.
O sindicato recordou que, há três semanas, verificaram-se falhas de eletricidade, água e internet no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto que obrigaram ao adiamento de diligências processuais.
"Episódios como estes revelam um padrão preocupante de negligência institucional que coloca em risco a segurança física e psicológica dos profissionais da justiça e fragiliza o atendimento aos cidadãos", assinalou.
O plano de atividades do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça para 2025 prevê a reabilitação geral do tribunal.
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