Só o frio e vacinas podem travar surto de doença da língua azul
Agricultores calculam que febre catarral ovina, que tem dizimado rebanhos, já custou 6 milhões de euros.
As temperaturas baixas e os apoios para a vacinação em massa dos rebanhos podem ajudar a travar o surto de doença da língua azul, que já terá provocado prejuízos de 6 milhões de euros. O número é da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), que alerta que o setor “precisa urgentemente de ajudas”.
Desde setembro houve mais 40 mil mortes entre a população de ovinos (a espécie mais afetada pela doença, que não é transmissível aos humanos) face ao mesmo período de 2023. Os efeitos, alerta a CAP, podem agravar-se nas próximas semanas, pois não está previsto um período com as condições meteorológicas ideais para travar de forma natural a doença (que é transmitida por um mosquito), que passaria por “dez dias seguidos, com temperaturas abaixo dos 10/11 graus”.
Por isso, clamam pela inclusão imediata da vacinação obrigatória contra o serótipo 3 da língua azul para ovinos e bovinos no Programa de Sanidade Animal, sem encargos para os produtores. Em Portugal já circulavam os serótipos 1 e 4 do vírus que provoca a doença, para os quais a vacina é obrigatória. No caso do serótipo 3, detetado há dois meses, em Évora, a vacina é recomendada.
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