Surto de legionela que matou 15 pessoas sem culpados
Inspeções só começaram no terreno 11 dias após os primeiros diagnósticos
Faltou mais investigação. Três anos depois do surto de legionela que, em outubro de 2020 deixou doentes 88 pessoas, das quais 15 morreram, o Ministério Público arquivou o inquérito às infeções nos concelhos de Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Matosinhos.
O caso fica assim sem culpados. Porém, o procurador, indica o ‘JN’, refere que a demora na investigação facilitou a limpeza de potenciais fontes de infeção. Também faltaram colheitas e pessoas no terreno - muito devido à pandemia e ao confinamento.
As inspeções só começaram no terreno 11 dias após os primeiros diagnósticos de legionela. Foram colhidas amostras em torres de refrigeração de empresas (como a Longa Vida e a Ramirez) e feitas análises às secreções de 31 dos 88 doentes. Apenas na Longa Vida a bactéria estava viva. Mesmo assim, nos resultados do Instituto Ricardo Jorge não houve coincidência entre as estirpes. Assim, nunca se conseguiu identificar em concreto qual a origem deste contágio mortal.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt