Testemunhas arrasam processo Consulta Vicentina

Fraude lesou o estado em mais de um milhão de euros.

18 de novembro de 2015 às 10:01
18-11-2015_04_48_06 10828408.JPG Foto: Filipa Couto
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A maioria das nove testemunhas ouvidas esta terça-feira no Tribunal em Lisboa, no âmbito do processo Consulta Vicentina, negou ter rubricado as receitas dos remédios pedidos na farmácia de Odeceixe (Aljezur) ou na parafarmácia de Odemira, que lhe eram entregues em casa pelas "meninas" [funcionárias das farmácias].

"Fazia o pedido na farmácia de Odeceixe e depois as meninas levavam a casa. Acho que pagava 2,5 euros. Não via a receita. Mas quem passava era o doutor Rui [Alves]", disse Maria Viegas, de 70 anos, referindo-se ao farmacêutico e principal arguido do processo, detido há 22 meses.

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O comentário da testemunha mereceu o sorriso da procuradora do Ministério Público, Carla Dias, que passou a pente fino os medicamentos que os doentes tomavam para confirmar se eram unicamente os que constavam nas receitas.Alguns dos remédios, nomeadamente para a asma e para problemas do foro psicológico, não eram tomados por aquelas pessoas, nem por familiares. Muitas das receitas serão de Pedro Souto, médico de família de testemunhas já ouvidas e um dos 12 arguidos no processo que lesou o Estado em um milhão de euros.

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