Trabalhadores dos postos de turismo de Lisboa estão em greve por Acordo de Empresa
Maioria dos trabalhadores destes postos de turismo tem formação académica mas recebe o salário mínimo nacional.
Os trabalhadores dos postos de turismo de Lisboa, da Lismarketing, iniciaram esta quinta-feira uma greve de dois dias em defesa de um Acordo de Empresa, que levou ao encerramento de cerca de dois terços dos 16 postos, informou o sindicato envolvido.
Paulo Lopes, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pesca (Simamevip), que convocou o protesto, disse à agência Lusa que, dos cerca de 170 trabalhadores da Lismarketing, apenas trabalharam os contratados.
Segundo o sindicalista, apenas conseguiram abrir seis postos de informação de turismo da capital, entre eles o do Palácio Foz, nos Restauradores, e o do aeroporto.
No início do ano, o Simamevip apresentou à Lismarketing uma proposta de Acordo de Empresa (AE) para regulamentar as condições de trabalho, mas "a empresa recusou-se a negociar".
"Nesta empresa não há regras, os horários não estão regulamentados e os trabalhadores não têm vida pessoal", disse Paulo Lopes.
O dirigente disse ainda que a maioria dos trabalhadores destes postos de turismo tem formação académica, mas recebe o salário mínimo nacional.
Para tentar desbloquear a situação, o sindicato já pediu reuniões aos vários partidos representados na Assembleia Municipal de Lisboa e tem uma reunião marcada para quarta-feira com o vice-presidente da câmara municipal de Lisboa.
A Lismarketing pertence à Associação de Turismo de Lisboa e tem de assegurar informação e apoio aos turistas, gerir e explorar postos de turismo criar, produzir e comercializar 'merchandising'.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt