Trabalhadores dos transportes públicos municipais em greve pela reposição das carreiras
Paralisação de 24 horas foi preparada em plenários realizados na terça-feira nos concelhos do Barreiro, Bragança, Coimbra, Nazaré, Portalegre e Sintra.
Os trabalhadores dos transportes públicos municipais realizam esta sexta-feira uma greve nacional, convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL), para exigir a reposição das carreiras.
A paralisação, de 24 horas, foi preparada em plenários realizados na terça-feira nos concelhos do Barreiro, Bragança, Coimbra, Nazaré, Portalegre e Sintra, nos quais os trabalhadores demonstraram que "estão com muita determinação, mobilizados para o dia de greve, na sexta-feira, e mobilizados para lutar pelos seus direitos e para a valorização da carreira", disse então à agência Lusa a presidente (STAL), Cristina Torres.
Os trabalhadores exigem a manutenção dos serviços públicos municipais ou municipalizados de transporte coletivo; a reposição das carreiras profissionais, nomeadamente a de agente único nos transportes municipalizados; um aumento dos salários não inferior a 15%, num mínimo de 150 euros; o aumento do subsídio de refeição para 10,50 euros diários; a atribuição do Suplemento de Penosidade e Insalubridade; o respeito pelo gozo integral dos dias de férias e a melhoria das condições de trabalho.
Estes profissionais, que exercem as funções de agentes únicos e, nas oficinas, de mecânicos, viram as carreiras específicas integradas na carreira geral de assistente operacional, a partir de 2008.
A greve foi agendada para a antevéspera das eleições autárquicas, que se realizam no domingo, "para [os trabalhadores] alertarem autarcas e candidatos para a necessidade de verem resolvidos os seus problemas há muito denunciados", informou o STAl num comunicado.
Em Coimbra, além do piquete de greve que se concentrará às 05h00, está prevista, às 10h00, uma marcha da Guarda Inglesa (onde fica a sede dos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos) até à Câmara Municipal.
A presidente do STAL disse à Lusa na passada terça-feira que espera uma adesão à greve próxima dos 100% e apelou à compreensão das populações para os impactos desta paralisação.
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