UGT avança com CGTP para greve geral em dezembro e ratifica decisão na quinta-feira

Greve geral foi anunciada este sábado pelo secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, no final da marcha nacional contra o pacote laboral, em Lisboa.

09 de novembro de 2025 às 17:38
Militantes da União Geral de Trabalhadores (UGT) Foto: Miguel A. Lopes/Lusa_EPA
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A UGT vai propor na quinta-feira ao secretariado nacional a ratificação da decisão de avançar, com a CGTP, para uma greve geral no dia 11 de dezembro, disse à Lusa fonte daquela central sindical.

"A decisão vai ser ratificada no secretariado nacional de dia 13", disse à Lusa fonte oficial da UGT, confirmando ter havido conversações com a CGTP.

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A greve geral foi anunciada este sábado pelo secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, no final da marcha nacional contra o pacote laboral, em Lisboa.

"Com posição já tomada ou em processo final de decisão por muitas estruturas sindicais, foi possível estabelecer a convergência para uma greve geral no próximo dia 11 de dezembro", disse.

A última vez que as duas centrais sindicais convocaram uma greve geral conjunta foi há mais de dez anos, na altura da 'troika'.

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Esta greve geral foi convocada em protesto contra o anteprojeto do Governo para revisão da legislação laboral, que está a ser debatido com os parceiros sociais e que prevê a revisão de "mais de uma centena" de artigos do Código de Trabalho.

O secretário-geral da UGT já tinha criticado o pacote laboral, no final de outubro, tendo afimado que "o discurso da valorização salarial foi muitas vezes substituído pelo discurso de empresas, empresas, empresas e produtividade", e cuja, posição, a seu ver, está "plasmada no anteprojeto de reforma da legislação laboral".

Mário Mourão reiterou que a UGT "sempre privilegiou o diálogo e a negociação" e que "continua à mesa" das negociações, mas deixou o aviso: "Entre escolher um mau acordo ou uma luta na rua, nós preferimos a luta na rua".

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As alterações previstas na proposta - designada "Trabalho XXI" e que o Governo apresentou em 24 de julho como uma revisão "profunda" da legislação laboral - visam desde a área da parentalidade (com alterações nas licenças parentais, amamentação e luto gestacional) ao trabalho flexível, formação nas empresas ou período experimental dos contratos de trabalho, prevendo ainda um alargamento dos setores que passam a estar abrangidos por serviços mínimos em caso de greve.

Uma marcha contra o pacote laboral organizada pela CGTP levou este sábado milhares de trabalhadores a descer a Avenida da Liberdade, em Lisboa, protestando contra as alterações à lei laboral propostas pelo Governo de Luís Montenegro.

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