Utentes exigem reposição de comboios na Linha de Cascais
A redução de comboios é "mais um incentivo à utilização do transporte individual".
O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) exigiu esta quarta-feira a reposição dos 51 comboios suprimidos pela CP - Comboios de Portugal na Linha de Cascais, contestando o "desinvestimento" naquela via ferroviária.
O movimento considera, em comunicado, que esta "não será a última medida caso persista a política de abandono desta linha" ferroviária. "O que se passa na Linha de Cascais é apenas uma parte do problema mais geral, em que o desinvestimento está a conduzir à degradação do serviço prestado", sustenta.
O grupo de utentes acusa o Governo de ser "o grande responsável" por esta situação, porque tem "conduzido uma política de destruição do setor público de transportes com o objetivo de o privatizar pelo mais baixo preço". "Este não é um problema de falta de dinheiro, mas sim de opções, porque o Governo tem privilegiado os negócios ´swaps`, que já absorveram mais dinheiro do que o necessário para fazer a renovação do material circulante na Linha de Cascais", sustenta.
O movimento refere ainda que a redução de comboios é "mais um incentivo à utilização do transporte individual". "É inaceitável que seja exigido aos utentes o pagamento de tarifas elevadas e simultaneamente sejam obrigados a reprogramar as suas deslocações, devido ao desleixo a que a Linha de Cascais tem sido votada durante dezenas de anos", diz o movimento.
O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos solidariza-se com os utentes da Linha de Cascais e exige que seja "reposto o serviço a que têm direito e que responda às suas necessidades".
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