Vereadores proibidos de entrar nos gabinetes

"A minha continuidade à frente da câmara não está em causa. A autarquia está perfeitamente governável, vamos continuar com serenidade." A garantia deixada por Miguel Costa Gomes contrasta com o ânimo e as críticas dos vereadores da oposição, após a decisão de adiar a Reunião de Câmara agendada para a manhã de segunda-feira, em Barcelos.

O presidente impediu os vereadores em suspensão de entrarem nos seus gabinetes e os ânimos exaltaram-se. Costa Gomes optou por adiar o encontro. "Não estavam reunidas as necessárias condições de serenidade e respeitabilidade", disse, depois de explicar que o vice-presidente teve "atitudes estranhas e de deslealdade". Domingos Pereira reagiu. "Eu também conheço muitas pessoas que, quando andavam na quarta classe, diziam coisas dessas", atirou o líder do PS local. A crise política estourou na sexta-feira, quando o presidente da câmara decidiu retirar todos os pelouros a Domingos Pereira. Em solidariedade com o vereador socialista, que é também líder do PS local e deputado na Assembleia da República, outros três vereadores suspenderam os mandatos, deixando todas as funções executivas nas mãos de Costa Gomes e da vereadora Armandina Saleiro.

"Não há monarquias no PS e eu estou disponível para suspender já hoje o meu mandato como deputado na Assembleia da República", afirmou Domingos Pereira, sem confirmar se é o candidato do PS às próximas autárquicas.