Vinte genéricos fora do mercado
Autoridades recolhem remédios.
O Infarmed decidiu retirar do mercado vinte medicamentos, depois de terem sido detetadas irregularidades na forma como a empresa GVK Biosciences, na Índia, conduzia os ensaios clínicos a vários medicamentos que circulam na União Europeia.
Em Portugal, 64 dos 700 medicamentos que suscitaram dúvidas têm autorização de comercialização, mas apenas 20 estão disponíveis e constituem vendas residuais, na ordem dos "0,3 por cento", garantiu Eurico Castro Alves, presidente do Infarmed. Usados no tratamento de depressões, demências, alergias, assim como de quadros de dor, colesterol ou de problemas cardíacos, os genéricos visados estão, a partir de agora, indisponíveis nas farmácias.
"Apesar de não serem conhecidas evidências que ponham em risco a saúde pública, e enquanto se aguarda a decisão final da Comissão Europeia, com base no princípio da precaução, o Infarmed solicitou aos titulares de autorização de introdução no mercado a retirada voluntária dos 20 medicamentos em causa comercializados em Portugal", referiu a autoridade do medicamento.
"A nossa opção foi seguir o caso com prudência, dando-lhe atenção e realizando contactos com outras agências", acrescentou Eurico Castro Alves. Para o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Carlos Maurício Barbosa, "casos como este são a prova de que o sistema funciona e de que os portugueses podem confiar nos genéricos", cuja "quota de mercado atingiu os 47%".
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