Vacas alimentadas com cascas de amêndoa ajudam a reduzir emissões de metano para a atmosfera
Restos vegetais são utilizados na dieta dos bovinos, permitindo poupar recursos naturais.
Produtores de leite do estado americano da Califórnia estão a trabalhar para reduzir as emissões de metano para a atmosfera, libertados pela decomposição de lixo em aterros. Para isso, alimentam as vacas com cascas de amêndoas, que sobram do cultivo e embalamento de frutos secos de outras fábricas da região.
Essas sobras são uma grande fonte de nutrição para os animais, substituindo os produtos cultivados em grandes áreas de terrenos agrícolas, onde são desperdiçadas grandes quantidades de água.
"Do ponto de vista da sustentabilidade, isto é revolucionário. Significa menos terra, menos água, menos energia, menos fertilizantes, pesticidas e menos gases com efeito de estufa", sublinhou o presidente da West Coast Advisors, Michael Boccadoro.
Um estudo realizado em 2020, por uma equipa de investigadores da Universidade da Califórnia, demonstrou os benefícios da dieta das vacas, a partir dos restos vegetais. Além disso, os sistemas digestivos dos bovinos provocam a libertação de metano para a atmosfera, inclusive pelos escrementos, e através das cascas, esses valores são reduzidos.
A poderosa indústria de laticínios decretou as regulamentações do metano durante uma década, mas em 2016, a Califórnia
exigindo o corte das emissões de metano em 40% até 2030 pela
O Departamento de Alimentos e Agricultura do estado também está a promover programas de tratamento de esterco, para reduzir as emissões de gases de efeito estufa dos dejetos de gado, outra fonte significativa de metano na produção de laticínios. A indústria garante que hoje em dia gera menos 45% das emissões de gases de efeito de estufa do que produzia há 50 anos.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt