Várias dezenas de jovens reuniram-se em protesto esta sexta-feira na avenida dos Aliados.
Várias dezenas de jovens reuniram-se esta sexta-feira na avenida dos Aliados, no Porto, para debater "problemas, causas e soluções sobre o tema das alterações climáticas" e classificar as medidas mundiais de "insuficientes" e "pouco ambiciosas".
"As medidas são insuficientes, no sentido que está a incidir no ponto errado. Querem ser rápidos para solucionar uma crise, mas não estão a ir à raiz do problema", disse à agência Lusa Joana Coimbra, uma das ativistas do movimento Greve Climática Estudantil Porto, um coletivo que realiza greve à escola e/ou universidade para exigir ao Governo de modo a alcançar as metas impostas pela justiça climática e que se manifestou hoje nos Aliados.
Um dos temas da iniciativa focou-se na "solidariedade pelas pessoas mais afetadas pela crise climática", designadamente nos países do sul, nomeadamente mulheres, crianças, idosos, doentes, grupos de baixos rendimentos e povos indígenas, acrescentou a ativista ambiental portuguesa.
Para Joana Coimbra, o exemplo da questão dos combustíveis fósseis e o aumento do preço da gasolina que tem sido "vendido como uma das soluções para a transição energética", mas segundo a ativista é uma inverdade, "porque quem está a pagar são os consumidores".
"Pedimos à Europa e ao mundo para que realmente haja transição energética, mas de uma forma justa", disse, acrescentando que as metas da Europa são "pouco ambiciosas", apostando na rapidez, mas sem ir à raiz do problema.
Joana Coimbra critica a "transição energética que se está a pensar fazer", referindo que a transição energética tem de ser mais justa e tem que partir do principio que há pessoas que não têm condições para fazer essa transição, referindo que tem de "haver mais investimento na ferrovia", "transportes públicos acessíveis com boa linhas para as pessoas não precisarem mesmo de carro, bem como dar mais subsídios às pessoas para elas poderem escolher o que faz mais sentido adquirir para proteger o ambiente.
"Temos um conjunto de reivindicações em várias áreas, desde a mobilidade sustentável, energia, transportes, produção nas empresas e isso só pode ser feito de raiz e de modo estatal e de uma forma justa, a que toda a gente tenha acesso, quer tenha dinheiro, quer não tenha".
Durante a iniciativa Greve Climática Estudantil no Porto, os estudantes que participaram criaram uma faixa em papel para inscrever os "problemas, causas e reivindicações" que foram sendo abordados num debate em círculo, com bancos, realizado à frente da Câmara do Porto.
A subida do nível dos oceanos, a destruição dos ecossistemas, o derretimento dos glaciares, incêndios", a moda e a água gasta, ou andar de t-shirt em outubro foram algumas das conclusões sobre os problemas das alterações climáticas enumeradas pelos jovens entre os 14 e os 25 anos que participam na iniciativa.
No item das causas das alterações climáticas, os ativistas da mobilização "Greve Climática", inserida no movimento internacional "Fridays for Future", que luta por justiça climática e que começou com a jovem ativista ambiental sueca Greta Thunberg, os participantes elencaram a pecuária intensiva, transportes privados e aviões.
No item das soluções, foram referidas, por exemplo, a "educação direcionada à ecologia, o veganismo e os transportes coletivos".
O "luto ecológico, porque a natureza está a desaparecer", a "eco ansiedade e como isso afeta a saúde mental dos jovens" foram outros temas abordados no debate que foi sendo visitado por alguns jovens que se iam reunindo numa roda com bancos e iam trazendo os temas a discussão.
Os jovens querem uma rápida ação climática por parte dos líderes mundiais e dizem que as "ações da União Europeia são insuficientes, reiterou Joana Coimbra.
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