Presidente da República assinalou que na quinta-feira à noite visitou "os sem-abrigo em Lisboa" para verificar estado dos mesmos.
O Presidente da República afirmou esta sexta-feira que está a acompanhar "em ligação permanente" com o ministro da Administração Interna as situações provocadas pelo mau tempo, e apontou que a Proteção Civil "tem tentado acorrer" às ocorrências.
Marcelo Rebelo de Sousa diz estar a acompanhar as situações provocadas pelo mau tempo
"Já não é uma [depressão], são duas, segue-se a uma outra que hoje se vai agravar à tarde, pelo que parece. Tenho acompanhado isso em ligação permanente com o senhor ministro da Administração Interna, e através dele com a Proteção Civil", disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas à margem da reunião anual do Conselho da Diáspora, no Palácio da Cidadela, em Cascais.
De acordo com o chefe de Estado, "dentro do que é possível as câmaras, as freguesias e o Estado têm tentado acorrer às milhares e milhares de ocorrências e problemas que surgiram por todo o país".
O Presidente da República assinalou também que na quinta-feira à noite visitou "os sem-abrigo em Lisboa, sobretudo a zona que vai de Santa Apolónia e depois percorre a Almirante Reis, segue até ao centro histórico de Lisboa, onde há uma grande concentração de sem-abrigo".
"E verifiquei que, nalguns casos têm tinham recorrido a albergues e tinham recorrido a formas de proteção, estações de metropolitano e outras, mas acompanhei também a distribuição das refeições, que se atrasou um bocadinho por causa do trânsito", disse, acrescentando que "felizmente não havia nenhum caso particularmente grave".
Notando que encontrou "algumas perturbações da normalidade", o Presidente da República vincou que não encontrou "nenhuma situação dramática", tal como temia, porque efetuou a volta "num período que ainda era muito intenso, que foi o fim da tarde e o começo da noite".
Questionado sobre a necessidade de medidas preventivas, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que "é muito difícil tomar medidas preventivas porque, por exemplo, previa-se que a passagem fosse mais rápida pelo território português, não se previa que tivesse durado como durou até às tantas horas da madrugada".
"A previsão era uma previsão menos complicada do que aquela que ocorreu, e ninguém previa também que viesse logo a seguir uma outra depressão que apanhasse o fim da tarde de hoje e o começo da noite", acrescentou, advogando que "isto vai mudando a um ritmo tal que o que se pode fazer de prevenção é sempre muito aleatório, é muito contingente, é muito difícil".
A passagem da depressão Elsa, em deslocação de norte para sul, provocou em Portugal dois mortos, um desaparecido e deixou perto de 80 pessoas desalojadas, registando-se entre quarta-feira e as 12h00 desta sexta-feira cerca de 7.000 ocorrências, na sua maioria inundações e quedas de árvore.
Num balanço feito ao início da tarde, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) referiu que os distritos mais afetados são Porto, Viseu, Aveiro, Coimbra, Braga e Lisboa.
Segundo a Proteção Civil, até às 20:00 deverá verificar-se um agravamento do estado do tempo, sendo depois expectável que a situação comece a estabilizar.
O mau tempo provocou também danos na rede elétrica, afetando a distribuição de energia a milhares de pessoas, em especial na região Centro.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) tem esta sexta-feira sob aviso laranja (o segundo mais grave) 12 distritos de Portugal continental e a costa norte da Madeira devido sobretudo à agitação marítima. Leiria, Santarém e Portalegre estão sob aviso laranja também devido às previsões de precipitação forte durante a tarde.
O IPMA alertou para os efeitos de uma nova depressão, denominada Fabien, que atingirá Portugal no sábado, em especial o Norte e o Centro, estando previstos intensos períodos de chuva e vento forte de sudoeste, com rajadas que podem atingir 90 km/hora no litoral norte e centro e 120 km/hora nas terras altas.
Segundo o IPMA, os efeitos da depressão Fabien não deverão ter em Portugal continental a mesma intensidade do que os da tempestade Elsa, prevendo-se uma melhoria gradual do estado do tempo a partir de domingo.
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