Entre as novas zonas identificadas, 18 são fluviais e duas são costeiras. É necessária a definição da cartografia das zonas afetadas para que se evitem construções de risco.
Inundações dos últimos dois anos em Portugal provocam prejuízo superior a seis milhões de euros
Dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) dão conta de cerca de 40 inundações e cheias em Portugal continental, nos anos de 2023 e 2024, com impacto em centenas de pessoas e prejuízos a rondarem os 6,5 milhões de euros. Com mais de 100 mil moradores nas zonas referenciadas como "potencialmente perigosas", já foram identificadas mais 20 áreas "inundáveis" por todo o País, para além das já 63 zonas anteriormente assinaladas, segundo dados avançados pela Agência citados pelo Jornal de Notícias.
Entre as novas zonas identificadas, 18 são fluviais e duas são costeiras, aponta o JN.
A zona do Tejo e Ribeirinhas do Oeste é a que apresenta a maioria das áreas novas de risco detetadas, sendo uma "zona vulnerável" e "muito afetada" nos últimos anos, como explica o presidente da APA ao JN. A norte do País, a preocupação cresce nas zonas de Matosinhos, Maia-Valongo, Vila do Conde e Viana do Castelo.
Ainda não existam dados que permitam concluir em concreto o número de pessoas e estabelecimentos comerciais que poderão estar em risco nestas novas áreas identificadas, no entanto, dados referentes aos dois anos passados analisados dão conta de mais de cem mil moradores e 200 mil estabelecimentos em perigo.
De acordo com o presidente da Associação, o próximo passo é definir a cartografia das novas zonas afetadas para que, por exemplo, "se evitem novas construções em áreas de risco", aponta Pimenta Machado. Apesar dos alertas, ainda existem construções em sítios assinalados como vulneráveis a inundações, algo que "já não é justificável" por existir "conhecimento técnico e científico quanto ao ordenamento" e para que se evitem "tragédias", assinala o membro do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa. Para José Luís Zêzere, a APA "deverá continuar a somar" mais áreas às novas identificas, "num processo gradual", frisa em entrevista ao Jornal de Notícias.
Quanto às populações que vivem nas zonas afetadas, o professor refere não ser possível deslocar toda a gente, mas aponta ser necessário "alertar a população" para o problema e para que saiba "agir em caso de catástrofe". No que toca à minimização do risco, o presidente da APA refere existirem projetos em execução pelo País, sendo que a Associação Zero já veio defender ser "fundamental" dar-se primazia a soluções "baseadas na natureza", aponta Sara Correia, integrante da equipa.
Nos documentos de avaliação dos riscos de inundações nas regiões hidrográficas apontam que se têm vindo a verificar "os efeitos negativos dos impactos das alterações climáticas, com maior intensidade e frequência de eventos meteorológicos extremos", cita o JN, sendo que têm vindo a ser procuradas algumas soluções estruturais por parte dos governos no que toca à temática. Entre estas estão a construção de infraestruturas hidráulicas, diques e barragens. No entanto, os especialistas apontam que este tipo de soluções "modificam a cheia, mas não a eliminam", sendo necessário apostar no ordenamento do território.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.